Alta no custo de vida faz sindicatos e europeus se mobilizarem contra forte inflação

Trabalhadores gregos fazem greve em Atenas (Louisa Gouliamaki/AFP)
Da Revista Cenarium*

EUROPA – Sindicatos, em ao menos quatro países europeus, realizam greves nesta quarta-feira, 9, e quinta-feira, 10, exigindo melhores salários para enfrentar a queda do poder aquisitivo devido à forte inflação.

Ocorreram grandes paralisações na Bélgica e na Grécia e na quinta-feira estão previstos atos na França e no Reino Unido, onde os enfermeiros também votaram, pela primeira vez, em mais de um século a favor de uma greve ainda sem data.

Toda a região enfrenta um aumento exponencial dos custos de energia, no momento em que se aproxima o inverno no hemisfério norte, além de conviver com uma inflação persistente de 10%, em um quadro explosivo que gera impaciência e preocupação na população.

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Assim, as centrais sindicais que convocam essas medidas de força coincidem em afirmar que os salários, atualmente, não permitem enfrentar o aumento do custo de vida.

Nesta quarta-feira, os sindicatos belgas convocaram uma greve nacional para proteger o poder aquisitivo dos salários, com suspensão do serviço ferroviário e os supermercados fechados.

No principal aeroporto da capital, Bruxelas-Zaventem, 60% dos voos previstos foram cancelados por falta de pessoal nas plataformas operacionais.

Enquanto isso, o aeroporto de Charleroi (principal núcleo da companhia Ryanair no continente europeu) permaneceu fechado, com todas as suas decolagens canceladas.

A greve nacional foi convocada pela maior confederação sindical do País, a Federação Geral do Trabalho da Bélgica (FGTB socialista), com o apoio da Confederação dos Sindicatos Cristãos (CSC).

François Reman, porta-voz da CSC, declarou que os sindicatos exigem “poder negociar aumentos salariais quando for possível”.

Em Bruxelas, apenas 25% do serviço ferroviário estava funcionando.

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