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Aos 91 anos, morre o cineasta francês Jean-Luc Godard, um dos fundadores do movimento conhecido como ‘Nouvelle Vague’
Francês foi um dos fundadores do movimento conhecido como "Nouvelle Vague" (Reprodução)
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13 de setembro de 2022
Com informações do Infoglobo
RIO DE JANEIRO – Morreu nesta terça-feira, aos 91 anos, o cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard, segundo o jornal Libération. Conhecido pelo seu estilo iconoclasta de filmar, que parecia quase improvisado, Godard deixou a sua marca na história do cinema com uma série de filmes politizados ao longo da década de 1960, aclamado por obras obras como “O Acossado” e “Alphaville”.
“O cineasta Jean-Luc Godard faleceu em 13 de setembro de 2022, sua esposa Anne-Marie Miéville e seus produtores anunciam. Não haverá cerimônia. Jean-Luc Godard faleceu pacificamente em sua casa cercado por seus entes queridos. [o cineasta] Será cremado”, indica o breve comunicado transmitido à AFP pelo consultor jurídico e fiscal da família, Patrick Jeanneret.
Nascido em Paris, em 1930, Godard cresceu e frequentou a escola em Nyon, na Suíça. Voltou a Paris após de terminar os estudos, em 1949, e começou a frequentar os cineclubes que surgiam na época na capital francesa, onde conheceu o crítico André Bazin e outros futuros realizadores, como François Truffaut, Claude Chabrol ou Jaques Rivette.
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“Acossado”
Escreveu para a influente revista de crítica de cinema Cahiers du Cinema e defendeu desde sempre o estilo tradicional de Hollywood de fazer cinema. O seu primeiro longa-metragem, em 1960, foi “O Acossado” (À bout de souffle, no original em francês), um dos filmes mais marcantes da chamada “nouvelle vague” francesa, com Jean-Paul Belmondo e Jean Seberg nos papéis principais.
Francês foi um dos fundadores do movimento conhecido como “Nouvelle Vague”, ao lado de diretores como Truffaut, Claude Chabrol, Eric Rohmer e Jacques Rivette
Godard tem uma carreira premiada, que vai desde o prêmio de melhor direção, no Festvial de Berlim, por “O Acossado”, até um Óscar honorário, entregue em 2010 em uma cerimônia à qual não compareceu.
Ele também foi autor de obras influentes para várias gerações diretores, como “O Desprezo” (1963), com Brigitte Bardot, “Bando à Parte” (1964), “Pedro, o Louco” (1965) ou os mais recentes “Filme Socialismo” (2010) e “Adeus à Linguagem” (2014).
Em 1987, ele recebeu um César d’honneur por sua carreira como um todo, e a Academia do Oscar fez o mesmo em 2010. O Festival de Cinema de Cannes também lhe concedeu uma Palma de Ouro especial em 2018.
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