Apesar de alta no desmate, Salles diz que Brasil pode neutralizar emissão de gases antes de 2060


09 de dezembro de 2020
Apesar de alta no desmate, Salles diz que Brasil pode neutralizar emissão de gases antes de 2060
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, enfrenta uma devassa no patrimônio. (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Com informações da Folhapress

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou nessa terça-feira, 8, que o Brasil pode antecipar meta prevista no Acordo de Paris de neutralidade na emissão de gases causadores do efeito estufa.

Em pronunciamento no Palácio do Planalto, ele disse que o prazo atual é atingi-la até 2060, mas que a meta pode ser alcançada antes, caso nações desenvolvidas cumpram o compromisso de repassar pelo menos US$ 10 bilhões anuais ao Brasil.

O repasse de recursos é previsto no Acordo de Paris. O documento prevê mecanismo para que países ricos invistam em políticas de desenvolvimento sustentável de nações em desenvolvimento como forma de mitigar emissões de gases de efeito estufa.

Salles discursou à imprensa após reunião para aprovar a contribuição nacional determinada, um documento que tem de ser aprovado de cinco em cinco anos com as novas metas dos países signatários do Acordo de Paris.

“Em havendo o recebimento desse fluxo de recursos financeiros, nós consideraremos a hipótese de tornar o nosso compromisso de neutralidade em prazo inferior. Portanto, mais uma vez o Brasil está demonstrando o seu compromisso com a questão climática”, disse.

O mecanismo é previsto como uma forma de ajudar países que têm trabalhado para reduzir a emissão de gases nocivos ao meio ambiente.

Em 2019, o Brasil paralisou o Fundo Amazônia, maior projeto de cooperação internacional para preservar a floresta amazônica. A colaboração, que em dez anos doou à causa R$ 3,1 bilhões, vindos da Alemanha e da Noruega, foi congelada após Salles dizer que teria encontrado problemas em ONGs que recebiam recursos do fundo, gerido pelo BNDES.

Neste ano, o Brasil enfrentou crescimento no desmatamento tanto na Amazônia como no Pantanal.

O desmatamento na Amazônia cresceu cerca de 9,5% de agosto de 2019 a julho de 2020 em comparação com o período anterior, de 2018 a 2019. No total, foram derrubados 11.088 km² de floresta nesse intervalo de tempo apesar da presença do Exército na floresta, sob a Operação Verde Brasil 2.

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