Após justiça do AM cassar vereador do PSC, vaga na Câmara em Presidente Figueiredo, deve ser preenchida pelo PDT


26 de junho de 2020
Vereador Ricelli Pontes foi afastado do cargo na última terça-feira, após ação de suplente do antigo ex-partido (Divulgação/Facebook)
Vereador Ricelli Pontes foi afastado do cargo na última terça-feira, após ação de suplente do antigo ex-partido (Divulgação/Facebook)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – Após ser cassado por infidelidade parlamentar, o vereador Ricelli Viana Pontes (PSC), terá a vaga na Câmara Municipal de Presidente Figueiredo preenchida por um suplente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), antiga sigla partidária. A decisão foi publicada pelo desembargador do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), Márcio André Lopes Cavalcante, na noite desta sexta-feira, 26,

O magistrado determinou o remanejamento da vaga para o ex-partido do parlamentar. Lopes ainda decretou que o presidente da Câmara do município, vereador Jonas Castro (Avante), seja notificado sobre a decisão.

O vereador foi destituído do cargo na última terça-feira, 23, em sessão virtual do pleno do TRE-AM, que entendeu que o parlamentar violou as regras de fidelidade partidária ao trocar o PDT pelo PSC, onde pretende disputar a vaga de prefeito.

Decisões

A decisão desta sexta foi deferida após pedido de tutela de urgência do vereador Cleiton Pereira Jardim (PDT), primeiro suplente do partido, e ocorre um dia após o presidente da Câmara Municipal da cidade ser reconduzido ao cargo.

No pedido de Jardim ele alega que o presidente da Câmara Municipal de Presidente Figueiredo, já externalizou que a vaga seria preenchida pelo suplente eleito por agremiação partidária diversa (do Avante), conduta que está em desacordo com o acórdão nos autos.

Explicações

Cavalcante, ano entanto, explica que a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral já se consolidou de que, em se tratando vacância extraordinária (ou seja, o que ficou vago), como a decorrente de infidelidade partidária, a perda de mandato pertence ao partido, e não à coligação, “haja vista que, nesse caso, a perda de mandato visa recompor a representação da agremiação partidária prejudicada”.

Nos bastidores, Pontes é visto como um forte nome para a prefeitura, por ser opositor à Romeiro Mendonça (PDT), gestor cassado da cidade, e também, pelo fato de ter sido eleito como o vereador mais votado da cidade, nas eleições municipais de 2016, com 913 votos (5,44% do total).

A REVISTA CENARIUM entrou em contato com o vereador Ricelli Pontes, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.

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