Após palavras de baixo calão de Bolsonaro, Arthur Virgílio aciona STF contra presidente


24 de maio de 2020
Após palavras de baixo calão de Bolsonaro, Arthur Virgílio  aciona STF contra presidente
Bolsonaro atacou Arthur Neto por medidas tomadas durante a pandemia da Covid-19 (Montagem/Divulgação)

Thiago Fernando – Da Revista Cenarium

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) dar publicidade ao vídeo da reunião ministerial realizada no dia 22 de abril, onde o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aparece falando palavras de baixo calão contra o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), o presidente será alvo de uma ação de queixa-crime na alta Corte.

A informação foi confirmada por Virgílio, que já havia se posicionado na última sexta-feira, 22, quando questionou o período em que Bolsonaro passou como parlamentar, afirmando que ele está ‘alheio aos deveres de seu cargo’.

“Ele estava há 27 anos no Congresso fazendo a mais velha das políticas, que era pregar a ditadura e se aproveitar da ingenuidade de familiares de alguns militares para bater panela e pedir aumento de salário, ele era um parlamentar inexpressivo. […] E hoje eu vejo um presidente alheio aos deveres básicos do seu cargo”, disse Arthur.

Além disso, o prefeito de Manaus ainda salientou não se assustar com esse tipo de comportamento, dado o baixo nível que o presidente já apresentou ter para conversar com as pessoas e comandar o País.

Os outros alvos de Bolsonaro na reunião foram os governadores de São Paulo, João Doria e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

Episódio que se repete

Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro, em exposição de um vídeo, chamou Arthur Neto de ‘vagabundo’ e teve seu exame de Covid-19 posto em suspeita pelo tucano.

“Não me surpreendi com os insultos do presidente Jair Bolsonaro por ele ser uma pessoa de baixo nível e que não tem a mais mínima condição de governar o Brasil. […] O presidente da República, em seu criminoso boicote ao isolamento social, em seu desprezo aos indígenas, em seu apreço a garimpeiros que poluem rios, sonegam impostos e invadem áreas indígenas, é claramente cúmplice de tantas mortes causadas pela Covid-19”, atacou.

Outro episódio de desavenças entre o prefeito de Manaus e o presidente foram os ataques de Bolsonaro ao pai de Arthur, Arthur Virgílio Filho, voz resistente à ditadura de 1964, cassado por ela em 1968, cuja memória foi atacada por Bolsonaro, na mesma reunião ministerial.

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