Autismo x Neurofeedback

Muitas pessoas que estão buscando terapias complementares e alternativas para tratamento de distúrbios e síndromes neurológicas e psicológicas encontram no Neurofeedback uma alternativa. E o questionamento ‘Pacientes com autismo podem fazer o tratamento com Neurofeedback?’ é frequente e a resposta é sim, com resultados muito positivos.

Primeiramente, é importante salientar que é um tratamento não invasivo e não medicamentoso, sendo que, em muitos casos, até auxilia no desmame de determinadas medicações.

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico com diagnósticos no começo da infância e início da juventude. São elas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger.

PUBLICIDADE

O TEA se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva. Segundo dados dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças do Governo dos Estados Unidos, cerca de 1% da população mundial tem algum tipo de TEA.

No diagnóstico diferencial é possível identificar em qual nível o paciente é caracterizado para classificar dentro da linha de auxílio. Existem três tipos: o um que é o leve, o tipo dois que é moderado e o tipo três que é o severo. O nível um é aquele que não vai precisar de ninguém, ele tem autonomia para funcionar dentro das suas condições. Ele estuda, trabalha, mas é um autista. O tipo dois já precisa de um mediador, a mãe, o pai. Então, ele já é um moderado, e o tipo três é aquele que realmente não está presente, não tem ideia de onde está, que está em determinado lugar. Então esse paciente precisa realmente de um mediador, de uma rede de apoio maior.

Além do primeiro diagnóstico de autismo, esses indivíduos também podem apresentar outras condições concomitantes, incluindo epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O nível de funcionamento intelectual em indivíduos com TEA é extremamente variável, estendendo-se de comprometimento profundo até níveis superiores.

No tratamento com Neurofeedback, que é uma terapia complementar e alternativa, o principal objetivo é potencializar a função cerebral do indivíduo, aprimorando áreas que se encontram disfuncionais, dando suporte e condicionando para que a pessoa aprenda a controlar as ondas cerebrais, alterando estados mentais e, melhorando assim, seu desempenho.

Antes das estimulações é necessário que o paciente faça um mapeamento cerebral, para assim, identificar os padrões neurais presentes e estruturar uma bateria de treinos específicos de ajustes desses padrões neurais.

O treinamento de Neurofeedback é um biofeedback (método que mede respostas do corpo em determinadas situações) induzido por uma leitura neurológica de um eletroencefalograma (através de ondas cerebrais). Durante a terapia, são aplicados eletrodos no couro cabeludo que medem os padrões elétricos das ondas do cérebro (assim como um médico, escuta seu coração com um estetoscópio).

O treinamento com Biofeedback requer que pacientes observem suas respostas fisiológicas em detalhes e tente aprender a alterá-los , isso leva esforço e tempo. Algumas condições, tais como incontinência urinária, melhoras significativas podem ocorrer dentro de poucas sessões. Em outro cenário, até 50 sessões de neuroterapia (Biofeedback de ondas cerebrais) para transtorno e déficit de atenção podem ser necessárias antes de melhoras visíveis. Cada caso é um caso e precisa de avaliação médica para andamento do tratamento.

Outra dúvida frequente é: síndrome de asperger é a mesma coisa que autismo? A síndrome de Asperger é uma condição que faz parte do Transtorno do Espectro Autista, sendo considerada um tipo de autismo leve ou nível 1. Ele provoca os mesmos sintomas do autismo clássico, mas em uma escala menor.

As características marcantes de um paciente que têm Asperger são: dificuldade para se comunicar e tendem a repetir frases ou falas de forma mecânica, porém, essa dificuldade não tem um impacto tão nítido em suas interações e relações sociais. No geral, esses padrões ‘limitam e prejudicam o funcionamento cotidiano’. Em relatos de pacientes com a síndrome, a forma de sentir o mundo é esmagadora e isso pode causar grande ansiedade.

Para identificar os sintomas, que surgem desde a infância, os pais devem se atentar à comunicação social. Pessoas autistas, incluindo aqueles com Síndrome de Asperger, têm dificuldades em interpretar linguagem verbal e não verbal como gestos ou tom de voz; Muitos têm uma compreensão muito literal da linguagem. Por exemplo, quando alguém utiliza a expressão “aquela mulher é uma gata”. É muito difícil compreender, que gata,
nesse contexto, significa beleza e não o animal.

Junto ao Neurofeedback, o método ABA (Análise de Comportamento Aplicada) é uma ótima terapia que trabalha com a junção entre comportamento e aprendizado. O foco é promover o ensino de novas habilidades e ajudar a lidar com comportamentos desafiadores.

Para pacientes com diagnóstico com Autismo moderado, o plano de tratamento é de 90 sessões com estratégias de 2x por semana em 2 horas de estimulação; para Autismo severo a estratégia deve ser de 3 vezes por semana em 3 horas de estimulação. Se necessário deve-se utilizar a técnica de neuromodulação clínica não incisiva, tDCS associado ao neurofeedback, terapia para os casos de desmame medicamentoso.

Em Manaus, o Instituto de Neuropsicologia do Amazonas foi pioneiro na área e os relatos de pacientes que passaram pela clínica sempre são satisfatórios, e reafirmam cada vez mais a eficácia do tratamento. A Juliana Costa cita: “Excelente profissional. Meu filho já é tratado pela Dra. Conceição Barbosa há 3 anos e possui os melhores e mais modernos aparelhos para avaliação. Assim, não precisamos ir para São Paulo em busca de tratamentos melhores”.

*Conceição Barbosa é psicóloga e neuropsicóloga amazonense formada pela Clínica Rede Napen – (USP) em Neuromodulação e Neurofeedback/Biofeedback pela Brain-Trainer USA. É fundadora do Instituto de Neuropsicologia do Amazonas (Inepam) e foi pioneira no serviço de Reabilitação Neurocognitiva associado à neuromodulação clínica na Região Norte.

PUBLICIDADE
(*)Conceição Barbosa é psicóloga e neuropsicóloga amazonense formada pela Clínica Rede Napen – (USP) em Neuromodulação e Neurofeedback/Biofeedback pela Brain-Trainer USA. É fundadora do Instituto de Neuropsicologia do Amazonas (Inepam) e foi pioneira no serviço de Reabilitação Neurocognitiva associado à neuromodulação clínica na Região Norte.

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.