Banco Central alinha compromisso ambiental para prevenir economia de possíveis catástrofes


15 de setembro de 2021
Banco Central alinha compromisso ambiental para prevenir economia de possíveis catástrofes
Roberto Campo Neto apresentou condições para auxiliar o desenvolvimento financeiro. (Divulgação/ VEJA)
Wesley Diego – Da Cenarium

SÃO PAULO – O Banco Central apresentou nesta quarta-feira, 15, ações de uma agenda sustentável. A prática vem para alinhar a instituição a outros bancos centrais pelo mundo no compromisso ambiental. A ideia do BC é preparar o sistema financeiro para eventuais choques ambientais.

“Estamos cientes das crescentes preocupações com o desenvolvimento sustentável. Essa agenda é importante porque as questões relacionadas à sustentabilidade têm potencial para afetar as missões da política monetária e estabilidade financeira”, ressalta o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

A agenda apresenta condições para auxiliar o desenvolvimento financeiro e mitigar o risco na atividade econômica com problemas climáticos como a atual crise hídrica do País. A diretora do BC Fernanda Guardado acrescenta que a agenda dá segurança ao Brasil para alcançar a economia verde:

“O objetivo é trazer atenção para oportunidades de desenvolvimento com a transição econômica para uma economia de baixo carbono, alinhado ao Acordo de Paris”, disse a diretora. O Brasil é signatário do Acordo de Paris, assinado em 2015, onde mais de 190 países se comprometem a adotar medidas para redução de emissão de gases do efeito estufa.

Mercado x Mudanças Climáticas

Não é de hoje que as mudanças climáticas afetam diretamente o mercado financeiro. O risco de um racionamento de energia por conta da atual crise hídrica assusta investidores que fogem do País. O efeito imediato é a alta do dólar, inflação e subida de juros.

“No período recente temos presenciado diversos choques climáticos adversos com impactos negativos sobre a inflação. O exemplo: ondas de calor, geadas, secas e outros eventos têm afetado os preços de alimentos e energia, com impactos significativos sobre a inflação brasileira”, exemplifica Campos Neto.

Para Juan Jensen, mestre e doutor em Economia e sócio da 4intelligence, as mudanças de clima afetam diretamente toda a cadeia produtiva: “Todo o aumento de custo na geração de energia impacta o preço ao consumidor e eventualmente algumas empresas podem decidir postergar o investimento produtivo”, finaliza.

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