Isabella Rabelo – Da Cenarium
MANAUS (AM) – Uma pesquisa divulgada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), revelou que, entre os 21 países estudados, o Brasil é o que possui a população adulta com menor capacidade de identificar se uma notícia on-line é ou não verdadeira.
Entre as nações participantes do estudo estão: Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Portugal e Japão. Segundo a análise dos pesquisadores, mais de 85% dos entrevistados de países da América Latina relataram buscar informações pelas redes sociais com frequência.
O levantamento foi realizado com mais de 40 mil pessoas. Durante a avaliação, os participantes precisaram interagir com notícias verdadeiras e falsas simulando informações on-line. A Finlândia foi o país com o melhor desempenho geral, com 66% de acertos na análise do conteúdo, enquanto o Brasil teve o menor, com 54%. Em um panorama maior, os países nórdicos se saíram melhor, enquanto países latino-americanos precisam melhorar a atenção e interpretação das notícias.
Fake news
Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva, divulgada pela Agência Brasil, oito em cada dez brasileiros já deu credibilidade a fake news. Mesmo assim, 62% confiam na própria capacidade de identificar informações falsas e verdadeiras em um conteúdo disponível nas plataformas digitais.
Sobre o conteúdo das notícias falsas que acreditaram, 64% era sobre venda de produtos, 63% diziam respeito a propostas em campanhas eleitorais, 62% tratavam de políticas públicas, como vacinação, e 62% falavam de escândalos envolvendo políticos. Há ainda 57% que afirmaram que acreditaram em conteúdos mentirosos sobre economia e 51% em notícias falsas envolvendo segurança pública e sistema penitenciário.
Organização
A OCDE é uma organização internacional composta por 38 países membros, que reúne as economias mais avançadas do mundo, bem como alguns países emergentes como a Coreia do Sul, o Chile, o México e a Turquia.
O instituto foi fundado em 1961 para estimular padrões convergentes em vários temas, como questões econômicas, financeiras, comerciais, sociais e ambientais. Suas reuniões e debates permitem troca de experiências e coordenação de políticas em áreas diversas da atuação governamental.
Editado por Jadson Lima