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Câmaras frigoríficas devem retornar a hospitais de Manaus após aumento de mortes por Covid-19
Câmaras frigorífica sendo instaladas em um hospital de Manaus em abril deste ano (Reprodução/G1)
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28 de dezembro de 2020
Paula Litaiff – Da Revista Cenarium
MANAUS – Utilizadas em Manaus no ápice da pandemia do novo coronavírus (abril de 2020), as câmaras frigoríficas devem voltar às portas dos hospitais públicos da capital. A medida foi cogitada por técnicos da Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (SES/AM) na manhã desta segunda-feira, 28, durante uma reunião interna, cujas informações a REVISTA CENARIUM teve acesso.
Causador da Covid-19, o novo vírus teve alta nas infecções este mês na cidade com as aglomerações das campanhas eleitorais em novembro e das preparações para as festas de final de ano.
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Na véspera de Natal, 24, ocorreu o maior número de sepultamentos de dezembro, 57 enterros, em um único dia, segundo a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp).
Nas últimas 48 horas, foram registrados 429 casos confirmados de Covid-19 no Amazonas, conforme o último boletim da Fundação de Vigilância Sanitária (FVS/AM). Com essa atualização, totaliza 196.436 a quantidade de infectados com a doença no estado.
De acordo com a Semulsp, as causas das mortes nos cemitérios públicos da capital do Amazonas na véspera de Natal apontam para 13 declaradas como Covid-19 e nos espaços privados houve o registro de um óbito pelo novo coronavírus, totalizando 14.
Outras causas das mortes de 24 de dezembro foram por insuficiência respiratória, dois por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e outros oito por causas desconhecidas ou indeterminadas.
Estados gravíssimos
“Há uma grande resistência para o retorno das câmaras frigoríficas aos hospitais, mas não estamos encontrando outra saída diante do aumento do quadro de pessoas que chegam à Emergência em estado gravíssimo de saúde”, afirmou uma técnica da SES, que preferiu não ser identificada.
Entre os casos confirmados de Covid-19 no Amazonas, há 645 pacientes internados, sendo 392 em leitos (107 na rede privada e 285 na rede pública), 245 em UTI (88 na rede privada e 157 na rede pública) e oito em “sala vermelha”.
A sala vermelha é uma estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos/graves para posterior encaminhamento a outros pontos da rede de atenção à saúde.
Há ainda outros 147 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 101 estão em leitos clínicos (55 na rede privada e 46 na rede pública), 40 estão em UTI (23 na rede privada e 17 na rede pública) e seis em sala vermelha.
Em abril deste ano, foram instaladas câmaras frigoríficas nos Hospitais Pronto-Socorros (HPSs) João Lúcio, 28 de Agosto e Platão Araújo; nos hospitais de referência Delphina Aziz; e no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), para o acondicionamento de corpos de pacientes que vieram a óbito nessas unidades
Plano de Contingência
A Secretaria de Saúde do Amazonas antecipou mais uma fase do Plano de Contingência Estadual para o Recrudescimento da Covid-19. Nesse domingo, 27, após o registro de 95 novas hospitalizações em um o dia.
De acordo com a assessoria de imprensa, a secretaria deu seguimento para a quarta fase do plano de abertura de leitos Covid e começou o movimento para a mudança de perfil do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, na zona centro-sul de Manaus.
Ainda na noite de domingo, a SES-AM mobilizou hospitais gerais, como o Adriano Jorge e o Getúlio Vargas, além de outras unidades definidas no plano como unidades de retaguarda.
O objetivo é receber 27 pacientes não Covid-19 internados na UTI do 1º andar do HPS 28 de Agosto e, assim, destinar o espaço para receber pacientes com a Covid-19. O hospital também vai reservar um outro andar exclusivo para leitos clínicos destinados à doença.
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