Carlos Bolsonaro chega à PF para depor um dia após ser alvo de busca e apreensão

Vereador Carlos Bolsonaro (Agência Brasil)
Da Revista Cenarium*

RIO DE JANEIRO (RJ) – O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) depõe nesta terça-feira, 30, à Polícia Federal. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de investigações que miram monitoramentos ilegais feitos pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante a gestão do ex-mandatário.

O vereador se apresentou à sede da corporação no Rio de Janeiro, no centro da capital fluminense. Ele chegou por volta das 10h, acompanhado de seu advogado, Antônio Carlos Fonseca.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Carlos Bolsonaro na porta da casa de veraneio da família, na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis, durante operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal – Reprodução/GloboNews

Na segunda-feira, 29, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Carlos —uma casa, seu gabinete na Câmara Municipal e seu escritório político. Nessa ação, a corporação mirou pessoas que foram destinatárias das informações produzidas de forma ilegal pela agência de inteligência do governo federal.

PUBLICIDADE

Na decisão em que autorizou as buscas, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), relata que o objetivo da PF foi “avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin”.

A ação desta segunda-feira é uma nova frente investigativa mirando a família Bolsonaro, que nos últimos anos esteve no centro de apurações envolvendo, por exemplo, a prática de “rachadinha” e a articulação de milícias digitais.

Carlos Bolsonaro, com seu celular, e seu pai Jair
Carlos Bolsonaro, com seu celular, e seu pai Jair (Reprodução)

Carlos Bolsonaro, que foi o principal responsável pela estratégia de campanha online na eleição presidencial de 2018, já tinha sido incluído em inquérito sobre disseminação de fake news, ainda durante o mandato do pai.

A autorização para as buscas —que foram solicitadas pela PF e tiveram parecer parcialmente favorável da PGR (Procuradoria-Geral da República)— tem como base uma mensagem de 2020 em que uma assessora de Carlos pede, por meio de uma auxiliar de Alexandre Ramagem, então chefe da Abin, que levante informações sobre investigações contra o então presidente da República e seus filhos.

Na mensagem, a assessora Luciana Almeida diz: “Bom diaaaa Tudo bem? Estou precisando muito de uma ajuda”. Depois, ela envia outro texto com referência a inquéritos. “Delegada PF. Dra. Isabella Muniz Ferreira – Delegacia da PF Inquéritos Especiais Inquéritos: 73.630 / 73.637 (Envolvendo PR e 3 filhos).”

(*) Com informações da Folhapress
Leia mais: PF mira Carlos Bolsonaro em nova operação sobre Abin paralela
PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.