Caso Marielle Franco e Anderson Gomes: próximo a completar cinco anos, crime continua sem elucidação

Homenagem a Marielle Franco no Escadão da rua Cardeal Arcoverde com a rua Cristiano Viana, em São Paulo (Zanone Fraissat/Folhapress)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – A semana que começa neste domingo, 12, traz uma data que entrou para a história política do País: no dia 14 de março de 2018, um atentado vitimou a vereadora pelo Rio de Janeiro e ativista pelos direitos humanos Marielle Franco e seu motorista, Anderson Pedro Gomes. O carro em que Marielle estava – e que era conduzido por Anderson – foi alvejado por 13 tiros no Centro do Rio. Marielle, que foi a quinta vereadora mais votada daquela legislatura, tinha acabado de sair de uma roda de conversa com mulheres pretas e foi assassinada com quatro tiros na cabeça.

Mulher, negra, mãe, lésbica, “cria” da Maré, socióloga, militante pelos direitos das mulheres, negros, favelados e pessoas LGBTQIAP+: ainda em 2018, o Repórter Rio, da TV Brasil, fez um breve perfil de Marielle e mostrou como sua trajetória e suas causas inspiraram e mobilizaram mulheres.

Escadão da rua Cristiano Viana com a rua Cardeal Arcoverde (Escadão da Marielle Franco) feito por um coletivo de artistas plásticos e grafiteiros (Marlene Bergamo/Folhapress)

Cinco anos depois, o crime ainda não foi totalmente elucidado. Apesar dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz estarem presos, acusados de terem feito os disparos, há uma pergunta que continua sem resposta: quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes?

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Familiares da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes se reunirão com ministros do Governo Lula, na Câmara dos Deputados, na próxima quarta-feira, 15, para uma sessão solene em memória dos dois. Essa será a primeira vez que membros do governo federal comparecem a uma cerimônia da Casa dedicada a Marielle e Anderson, assassinados brutalmente no Rio de Janeiro.

Nunca Antes

A sessão solene será presidida pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), autora da iniciativa, e ocorrerá na semana em que se completam cinco anos desde o atentado. Foram convidados os ministros Anielle Franco (Igualdade Racial), irmã de Marielle, Cida Gonçalves (Mulher), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e Silvio Almeida (Direitos Humanos).

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No mesmo dia, a Casa Legislativa receberá uma exposição coordenada por duas ex-assessoras da vereadora carioca: Fernanda Chaves, que estava no carro com Marielle e sobreviveu ao ataque, e Priscilla Brito.

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Intitulada “Nesse Lugar”, a mostra apresentará uma linha do tempo com fotos, discursos e realizações da parlamentar em um túnel com cerca de oito metros de extensão. A instalação ocupará o Espaço do Servidor, próximo à entrada do Anexo Dois da Câmara.

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A exposição ficará em cartaz por dez dias, mas um pedido de extensão do prazo deve ser apresentado. “Nesse Lugar” também conta com a colaboração de Ana Marcela Terra, outra ex-assessora da vereadora, e de Evlen Lauer, que assinava projetos de identidade visual de Marielle desde a sua campanha.

(*) Com informações da Agência Brasil e Folhapress
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