CGU determina abertura da maioria dos sigilos estabelecidos por Bolsonaro


03 de fevereiro de 2023
CGU determina abertura da maioria dos sigilos estabelecidos por Bolsonaro
Caso do cartão de vacinação do ex-presidente ainda não foi definido (Divulgação)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – A Controladoria-Geral da União (CGU) revisou 234 sigilos a informações públicas impostos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e criou novos critérios expandindo o acesso a dados públicos.

Entre os casos, estão as entradas dos filhos do ex-presidente Bolsonaro, no Palácio do Planalto, e o processo disciplinar que inocentou o ex-ministro da Saúde e deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) por participar de um ato político com o então mandatário quando ainda era general da ativa.

Já o caso do cartão de vacinação de Bolsonaro não tem ainda uma decisão tomada.Ele envolve reflexões importantes, há uma dimensão sobre a privacidade que não pode ser deixada de lado”, disse o ministro da CGU, Vinicius de Carvalho.

A revisão dos sigilos impostos por Bolsonaro foi uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomada durante a sua posse. O presidente deu 30 dias para que a CGU analisasse os casos e determinasse a abertura nos casos em que os sigilos fossem excessivos.

Não dá para dizer que todos [os casos serão publicizados], pode ser que tenha casos que por razões técnicas o sigilo seja mantido“, disse Carvalho. De acordo com ele, deve levar entre 60 e 90 dias para que o órgão revise os 234 casos e opine sobre cada um deles, revogando o sigilo ou não. Em todos os casos, os dados devem ser fornecidos a quem fez o pedido.

Procedimentos disciplinares

No processo envolvendo o ministro Pazuello, exemplificou Carvalho, há dez casos em análise na CGU. Os enunciados definidos pela CGU dizem que os registros de entradas e saídas de prédio público devem ser fornecidos, a não ser quando envolverem agendas sigilosas, como a confecção de um plano econômico ainda não publicizado ou uma investigação em andamento.

Entre os casos, está o processo disciplinar que inocentou o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por participar de um ato político com Bolsonaro (Pedro Ladeira/Folhapress)

No caso de residências oficiais, as informações públicas são aquelas que se referem a agendas oficiais. Outro enunciado da CGU determina que procedimentos disciplinares de militares serão públicos, a partir da sua conclusão, como é o caso de Pazuello.

A CGU também restringiu o uso de argumentações comuns para determinar o sigilo de informações públicas, como a existência de dados pessoais em um documento. Nessa situação, apontou o ministro, é possível tarjar a informação pessoal e fornecer o acesso ao arquivo.

(*) Com informações da Folhapress

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