Cidades do AM atingidas pela seca vão receber R$ 900 mil; saiba quais são
Por: Mayara Subtil
27 de outubro de 2023
Seca no lago do Aleixo em Manaus (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium Amazônia)
Mayara Subtil – Da Revista Cenarium Amazônia
BRASÍLIA (DF) – O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) autorizou o repasse de quase R$ 900 mil a duas cidades do Amazonas atingidas pela forte estiagem que afeta a região. As portarias com a liberação dos recursos foram publicadas na edição desta sexta-feira, 27, do Diário Oficial da União (DOU). Receberão recursos os municípios de Codajás (R$ 586.813,40) e Itamarati (R$ 286.385,20). O prazo de execução das ações da Defesa Civil é de 180 dias.
Também nesta sexta, sete cidades do Amazonas obtiveram o reconhecimento federal de situação de emergência devido à seca. Ou seja, estão aptas a receber recursos. São elas: Autazes, Barcelos, Fonte Boa, Humaitá, Juruá, Parintins e Santa Isabel do Rio Negro. Em resposta à REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA sobre quantos municípios da região já foram reconhecidos nesse cenário, o MIDR contabilizou até o momento 47 cidades.
Imagem aérea de barco regional encalhado no rio Negro, no Amazonas (Ricardo Oliveira/ Out.2023/ Revista Cenarium Amazônia)
Conforme dados do boletim da estiagem divulgado pelo Governo do Amazonas nessa quinta-feira, 26, já são 60 municípios em situação em emergência no Amazonas. A vazante, que afeta mais de 600 mil pessoas no estado, tem gerado deslizamentos de terra e morte de animais.
Com a estiagem, os níveis dos rios também diminuíram significativamente, o que torna mais difícil — ou até impossível — para embarcações de grande porte, como barcaças, transportar produtos para dentro e fora da Zona Franca de Manaus, por exemplo. Em setembro passado, o governador Wilson Lima decretou situação de emergência em 55 dos 62 municípios.
A seca prolongada está relacionada, segundo especialistas, à combinação de dois fatores que inibem a formação de nuvens e chuvas: o El Niño (ou seja, o aquecimento do oceano Pacífico) e a distribuição de calor do oceano Atlântico Norte.
Barcos regionais encalhados devido à estiagem dos rios (Ricardo Oliveira/ Out.2023/ Revista Cenarium)
O El Niño aumenta as temperaturas do Oceano Pacífico e o aquecimento anormal das águas altera as correntes de ventos e as precipitações em diversas partes do planeta. Como se trata de um oceano muito grande, a elevação das temperaturas superficiais das águas tem um impacto no regime de chuvas.
No Sul do País, por exemplo, o fenômeno contribuiu para a passagem de um ciclone, que deixando mortos e milhares de desabrigados. Já no Norte, o efeito é inverso, com seca extrema.
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