Cientistas lançam plataforma para disseminar informações sobre os botos amazônicos


21 de outubro de 2020
Cientistas lançam plataforma para disseminar informações sobre os botos amazônicos
Plataforma Botos Amazônicos reúne dados relativos a 47 mil quilômetros de rios amazônicos (Divulgação)

Da Revista Cenarium*

MANAUS – Um grupo de pesquisadores de cinco países da América do Sul lança, neste mês de outubro, a “plataforma Botos Amazônicos”. Esta ferramenta tem o objetivo de disseminar informações sobre os “golfinhos de rio” da região amazônica– e traz diversos dados sobre as espécies como distribuição geográfica, estimativas populacionais, ameaças e barreiras naturais.

A plataforma está sendo lançada na semana em que se comemora o World River Dolphin Day – em português, o “Dia Internacional dos Golfinhos de Rio”, ou “Dia Mundial do Boto” – que é celebrado em 24 de outubro.

O objetivo é que a plataforma ajude nos processos de tomada de decisão e no planejamento de ações para a conservação destes mamíferos. Botos Amazônicos está disponível em inglês com acesso gratuito. Versões em português e espanhol estão sendo produzidas; e um storymap com informações resumidas em português está disponível para consulta pública.

A iniciativa é fruto do trabalho de um colegiado de cientistas chamado SARDI – South American River Dolphins Initiative, ou “Iniciativa Golfinhos de Rio da América do Sul” – que reúne pesquisadores de cinco países (Brasil, Peru, Colômbia, Bolívia e Equador) para gerar novos conhecimentos sobre esses animais. O WWF-Brasil é um dos facilitadores deste coletivo desde o seu surgimento, em 2017.

Pesquisa

Nos últimos anos, os cientistas de SARDI têm feito diversas expedições às bacias dos rios Amazonas e Tocantins-Araguaia, no Brasil; e Orinoco, na Colômbia. Eles compilaram resultados de expedições que percorreram cerca de 47 mil quilômetros de rios amazônicos, com 42 esforços de estimativas populacionais feitos em 45 rios, tributários e lagos.

Botos Amazônicos está estruturado na forma de um mapa que traz diversas camadas (layers) de informação. Assim, e possível combinar essas camadas para fazer leituras mais detalhadas dos dados constantes na plataforma.

Entre as camadas disponíveis, há uma que mostra todas as expedições feitas a campo para estudar botos na América do Sul; a localização de hidrelétricas previstas na Amazônia; a localização das Terras Indígenas dentro deste bioma; os locais onde já foram feitas colheitas de material genético dos botos; e onde esses animais têm sido contaminados com mercúrio.

É possível fazer também buscas específicas pelas populações de botos existentes no continente: o boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis); o boto-tucuxi (Sotalia fluviatilis); o boto-boliviano (Inia boliviensis) e o boto-do-Araguaia (Inia araguaiaensis).

(*) Com informações do portal Neo Mondo

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