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Com aumento de casos de Covid-19 e síndromes respiratórias, Amazonas retorna à fase amarela
Segundo a última divulgação disponível até o sábado, 22, o quantitativo elevou para 222 novos registros em todo o Estado (Reprodução/TCE-AM)
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23 de outubro de 2022
Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium
MANAUS – Após aumento de casos de Covid-19 nos últimos dias, o Amazonas retorna à fase amarela de alerta (risco baixo, porém, acima da fase verde na qual o risco de transmissão é considerado ainda mais baixo). A informação é da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) e conforme o Boletim Diário da Covid-19, somente entre 17 e 21 de outubro deste ano, os números saltaram de 28 para 198 casos registrados.
No mesmo período, as internações foram de 4 para 11 por conta da doença. Para se ter uma ideia, em relação ao salto de infecções, até o último dia 17, o boletim apontava uma média de 32 registros diários da doença; no dia seguinte, 140 novas infecções por Covid-19 foram contabilizadas no Amazonas, uma diferença de 108 novos casos. Segundo a última divulgação disponível até o sábado, 22, o quantitativo de casos de Covid-19 elevou para 222 novos registros em todo o Estado, sendo 210 resultados positivos na capital e 12 no interior.
A infectologista Ana Galdina explica que na epidemiologia há a chamada “sazonalidade de doenças”, na qual as doenças infecciosas e respiratórias estão relacionadas também a questões climáticas. No Amazonas, conforme Galdina, as síndromes e o aumento dos casos, inclusive, de Covid-19 vão na contramão do período ocorrido em outras regiões do País, mas é uma realidade esperada para a curva epidemiológica característica da temporada no Estado.
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“As doenças e síndromes respiratórias, como já sabemos, estão relacionadas a esse fator climático, realmente, e a gente aqui na região vive uma sazonalidade diferente do resto do País, pois, no Centro-Oeste, Sul e Sudeste esse aumento de casos acontece no inverno que começa entre maio e vai, mais ou menos, até agosto. A nossa sazonalidade começa, justamente, agora, final de outubro, início de novembro, e é isso que estamos vendo, um aumento de circulação de vírus respiratório, e como temos, agora, o coronavírus como um vírus respiratório prevalecente, a tendência é que ele comece a circular com mais intensidade aumentando o número de casos“.
Fases de transmissibilidade
O cálculo executado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) leva em consideração a baixa transmissibilidade do vírus, além da variação de óbitos, de novos casos da doença e taxa de positividade para Covid-19.
Conforme a metodologia de cálculo do risco de transmissão da Covid-19 da FVS, as fases recebem cores de acordo com a gravidade da pandemia representada em pontuação numérica: 0 pontos, risco muito baixo, fase 1 – vigilância; 1 a 10 pontos, risco baixo, fase 2 – amarela; 11 a 20 pontos – risco moderado – fase 3 – laranja; 21 a 30 pontos, risco alto, fase 4 – vermelha; mais de 30 pontos, risco muito alto, fase 5 – roxa.
Programação de saúde
A especialista alerta, ainda, para a compreensão da curva epidemiológica no Estado. Segundo ela, no momento em que são realizadas as políticas públicas e programação de saúde, as medidas de prevenção são essenciais e não devem ser descartadas.
“Estávamos em uma faixa verde que alivia o uso de máscara e todos os procedimentos que nos deixam mais seguros, e isso tudo é algo que precisa começar a ser revisto, pois sabemos que a curva, agora, é de crescimento, e chamo atenção também para o reforço na vacinação, porque ainda que ela não impeça de pegar a doença, ela vai te proteger do modo mais grave do vírus. Então, se o vírus está circulando mais e as pessoas estão mais susceptíveis a contraí-los, as pessoas não vacinadas podem manifestar a forma grave do vírus, e isso precisa ser evitado“.
Pessoas vacinadas
Em Manaus, segundo dados publicados pelovacinômetro, 4.902.437 de vacinas contra a Covid-19 já foram aplicadas; 1.886.805 tomaram a primeira dose; 1.658.900 a segunda; 964.082 a terceira; 363.461 a quarta e 29.078 foram vacinadas com doses únicas.
O vacinômetroda Fundação de Vigilânciaem Saúde informa que até neste domingo, 23, foram 8.335.353 doses aplicadas em todo o Estado. Em relação à primeira dose, 3.343.552 registros, para a segunda aplicação da vacina foram 2.802.049 doses e 73.892 registros para as doses únicas.
O Estado totaliza desde o início da pandemia 617.80 mil casos confirmados da doença e 14.350 mortos até os últimos dados atualizados do Boletim Diário da Covid-19.
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