Companhia de teatro do AM vence duas categorias do Prêmio Cenym de Teatro Nacional
23 de novembro de 2023
A companhia de teatro amazonense Ateliê 23 (Malu Dacio/Divulgação)
Da Revista Cenarium Amazônia*
MANAUS (AM) – O Ateliê 23 venceu em duas categorias no 22° Prêmio Cenym de Teatro Nacional, da Academia de Artes no Teatro do Brasil, anunciado na noite de terça-feira, 21. A companhia de teatro amazonense conquistou o título de “Melhor Companhia”, e o espetáculo “Cabaré Chinelo” ganhou com “Melhor Figurino”. A peça, que é sucesso de crítica e público, também foi indicada como “Melhor Elenco” nesta edição.
Na volta para Manaus, após apresentações no Teatro B32, em São Paulo, com ingressos esgotados, Taciano Soares, diretor do Ateliê 23 e do “Cabaré Chinelo” destaca que a premiação em “Melhor Companhia” vem para consagrar a trajetória de dez anos do grupo e fala sobre o momento atual da produção que conta a história de mulheres vítimas de um esquema de tráfico internacional e sexual no período da Belle Époque no Amazonas.
“O ‘Cabaré Chinelo’ é a reunião de vários profissionais que têm trabalhado em favor de um foco, que é contar a verdadeira história dessas mulheres. Nada é mais importante que isso, nenhum artista é maior que a obra e acreditamos que foi o que nos trouxe até aqui”, avalia Taciano Soares. “Esse prêmio para o Norte é muito relevante, porque o Ateliê 23 e o ‘Cabaré Chinelo’ estão reescrevendo a história do teatro brasileiro”.
Cena do espetáculo ‘Cabaré Chinelo’ (Malu Dacio/Divulgação)
No total, a companhia de teatro soma cinco prêmios com o “Cabaré Chinelo”. Em outubro, o trabalho ganhou “Melhor Espetáculo”, “Melhor Direção” e “Melhor Figurino” no 17° Festival de Teatro da Amazônia. O espetáculo foi indicado ainda nas categorias “Melhor Atriz”, “Melhor Ator” e “Trilha Sonora”.
Neste ano, o Ateliê 23 também conquistou o prêmio de melhor atuação nacional no 8° Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás, com a personagem Belinho, vivido por Taciano Soares no filme “A Bela é Poc”, primeiro curta do grupo.
Teatro Amazonas
Nesse sábado, 25, a peça inspirada na pesquisa de Narciso Freitas volta ao Teatro Amazonas para duas sessões, às 19h e 21h30.
A companhia de teatro Ateliê 23 em apresentação para o público (Malu Dacio/Divulgação)
Com 17 artistas em cena, o elenco traz Vivian Oliveira, Sarah Margarido, Andira Angeli, Julia Kahane, Thayná Liartes, Fernanda Seixas, Daphne Pompeu, Daniely Peinado, Vanja Poty, Ana Oliveira, Bruna Pollari, Allícia Castro, Taciano Soares e Eric Lima, além dos músicos Yago Reis, Guilherme Bonates e Stivisson Menezes.
Os ingressos estão à venda a partir de R$ 50, em shopingressos.com.br. Tem direito à meia-entrada: estudantes e professores da rede pública e privada, idosos e artistas de qualquer linguagem. É necessária comprovação, de qualquer natureza, para todos os grupos descritos acima. PcDs têm direito à entrada gratuita.
O projeto, em parceria com a companhia de teatro argentina García Sathicq, tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), além da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e Fondo de Ayudas para las Artes Escénicas Iberoamericanas – Iberescena.
Elenco de espetáculo da companhia de teatro Ateliê 23 (Malu Dacio/Divulgação)
Ateliê 23
Em 2023, a companhia amazonense celebra dez anos de atuação. Com sede no Centro de Manaus desde março de 2015, na rua Tapajós, 166, o Ateliê 23 tem 30 espetáculos, cinco shows e quatro obras audiovisuais no repertório.
A principal característica do grupo é trabalhar com histórias reais, objeto da tese de doutorado “Bionarrativas Cênicas: Dispositivos de Comoção em Obras do Ateliê 23”, defendida pelo diretor Taciano Soares na Universidade Federal da Bahia.
Entre obras de sucessos de público e crítica estão “Helena”, selecionado para a mostra a_ponte: cena do teatro universitário do Itaú Cultural e indicado ao Prêmio Brasil Musical; “da Silva” e “Ensaio de Despedida”, indicados para o projeto Palco Giratório do Sesc; “Vacas Bravas” e “Persona – Face Um”. Este último colocou em pauta o tema transfobia e ficou um ano e meio em cartaz.
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