COP28: Educação Ambiental na rede pública do Pará alcançará mais de 500 mil estudantes


02 de dezembro de 2023
Alunos plantando árvores em escola (Divulgação)
Alunos plantando árvores em escola (Divulgação)

João Felipe Serrão – Da Revista Cenarium Amazônia*

MANAUS (AM) – O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou na 28ª Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas (COP28), neste sábado, 2, que o Estado irá implementar a educação ambiental na grade curricular da rede pública.

As declarações foram dadas no lançamento da iniciativa “Green Rising Amazônia – Ação verde pela Amazônia“, uma parceria público-privada com jovens para a sociobioeconomia com base na plataforma global do Generation Unlimited.

Segundo o governo estadual, a adição no currículo escolar alcança 565 mil crianças e jovens que passam a lidar com o tema da Educação Ambiental no mesmo nível de obrigatoriedade e de responsabilidade das matérias tradicionais do currículo pedagógico brasileiro.

O governador do Pará, Helder Barbalho, na COP 28 (Foto: Ascom/Governo do Pará)

O evento contou também com a presença de Cathy Russell, diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); da ministra Shamma Al Mazrui, campeã do Clima Juvenil da COP28; de William Ruto, presidente do Quénia; de Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá; e de Tariq Al Gurg, CEO e vice-presidente Dubai Cares.

“O grande desafio de preservar a floresta é mudar a consciência das pessoas sobre o uso da terra. Nós acreditamos que só o ambiente escolar é capaz de fazer esta transformação cultural e o reposicionamento da consciência das pessoas sobre o meio ambiente. Apostamos que as escolas públicas devem ser a locomotiva para impulsionar inclusive que este movimento chegue a universalização de todo o ambiente educacional do Pará e do Brasil”, declarou o governador Helder Barbalho.

Unidade de Recuperação

Também na COP28, Barbalho anunciou a criação da “Unidade de Recuperação” no Pará. O projeto busca cuidar de uma área protegida, da mesma forma que as unidades de conservação já existentes no Brasil, para realizar o processo de restauração da vegetação desmatada. O objetivo é fazer a floresta voltar a crescer no local e não apenas conservar o que não foi desmatado.

A cidade de Altamira foi a escolhida para dar início ao projeto, com a Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu. A área está localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, marcada por liderar os índices de desmatamento entre as zonas protegidas da Amazônia, sendo a unidade de conservação mais devastada do bioma.

Área de garimpo ilegal na APA Trinfo do Xingu, em 2020 (Foto: Secretaria de Meio Ambiente do Pará)

Com o projeto, o Governo do Pará mira no mercado de créditos de carbono e fala em receita de R$ 400 milhões, criação de empregos e retorno de investimentos dentro de uma década.

O projeto é parte do Plano de Recuperação da Vegetação Nativa do Pará, que pretende recuperar 5,6 milhões de hectares de florestas estaduais até 2030.

(*) Com informações da Folhapress

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