COP28: Educação Ambiental na rede pública do Pará alcançará mais de 500 mil estudantes

Alunos plantando árvores em escola (Divulgação)
João Felipe Serrão – Da Revista Cenarium Amazônia*

MANAUS (AM) – O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou na 28ª Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas (COP28), neste sábado, 2, que o Estado irá implementar a educação ambiental na grade curricular da rede pública.

As declarações foram dadas no lançamento da iniciativa “Green Rising Amazônia – Ação verde pela Amazônia“, uma parceria público-privada com jovens para a sociobioeconomia com base na plataforma global do Generation Unlimited.

Segundo o governo estadual, a adição no currículo escolar alcança 565 mil crianças e jovens que passam a lidar com o tema da Educação Ambiental no mesmo nível de obrigatoriedade e de responsabilidade das matérias tradicionais do currículo pedagógico brasileiro.

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O governador do Pará, Helder Barbalho, na COP 28 (Foto: Ascom/Governo do Pará)

O evento contou também com a presença de Cathy Russell, diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); da ministra Shamma Al Mazrui, campeã do Clima Juvenil da COP28; de William Ruto, presidente do Quénia; de Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá; e de Tariq Al Gurg, CEO e vice-presidente Dubai Cares.

“O grande desafio de preservar a floresta é mudar a consciência das pessoas sobre o uso da terra. Nós acreditamos que só o ambiente escolar é capaz de fazer esta transformação cultural e o reposicionamento da consciência das pessoas sobre o meio ambiente. Apostamos que as escolas públicas devem ser a locomotiva para impulsionar inclusive que este movimento chegue a universalização de todo o ambiente educacional do Pará e do Brasil”, declarou o governador Helder Barbalho.

Unidade de Recuperação

Também na COP28, Barbalho anunciou a criação da “Unidade de Recuperação” no Pará. O projeto busca cuidar de uma área protegida, da mesma forma que as unidades de conservação já existentes no Brasil, para realizar o processo de restauração da vegetação desmatada. O objetivo é fazer a floresta voltar a crescer no local e não apenas conservar o que não foi desmatado.

A cidade de Altamira foi a escolhida para dar início ao projeto, com a Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu. A área está localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, marcada por liderar os índices de desmatamento entre as zonas protegidas da Amazônia, sendo a unidade de conservação mais devastada do bioma.

Área de garimpo ilegal na APA Trinfo do Xingu, em 2020 (Foto: Secretaria de Meio Ambiente do Pará)

Com o projeto, o Governo do Pará mira no mercado de créditos de carbono e fala em receita de R$ 400 milhões, criação de empregos e retorno de investimentos dentro de uma década.

O projeto é parte do Plano de Recuperação da Vegetação Nativa do Pará, que pretende recuperar 5,6 milhões de hectares de florestas estaduais até 2030.

(*) Com informações da Folhapress

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