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Pará: garimpo ilegal polui Rio Novo e ameaça linha de transmissão de Belo Monte
O prejuízo foi de quase R$ 2,6 milhões aos criminosos. (Ascom PF-PA)
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25 de julho de 2023
Iury Lima – Da Revista Cenarium
VILHENA (RO) – A Polícia Federal (PF) divulgou nesta terça-feira, 25, que desmontou um garimpo ilegal que poluía o Rio Novo, em Curionópolis, no interior do Pará. A ação teve apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e preveniu, segundo a polícia, prejuízos à linha de transmissão da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte, ameaçada pela exploração de minério.
O prejuízo foi de quase R$ 2,6 milhões aos criminosos porque a remoção dos equipamentos apreendidos não foi possível, segundo a PF. Na região, que foi alvo de outras operações recentes, a polícia encontrou duas escavadeiras, dois motores e 2 mil litros de combustível.
“Conforme atestado por órgãos ambientais, a bacia hidrográfica local já apresenta alto grau de contaminação por conta do uso irregular de mercúrio”, disse a Polícia Federal.
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Mais afetado pelo garimpo no Estado, ainda de acordo com a PF, o Rio Novo acaba poluindo outros afluentes, que abastecem a cidade de Parauapebas e região, a mais de 700 quilômetros da capital Belém. O rio margeia a Floresta Nacional (Flona) de Carajás.
Belo Monte
Esta não é a primeira vez que o garimpo ilegal ameaça o abastecimento de energia elétrica feito pela UHE de Belo Monte. Em novembro de 2022, a PF deflagrou a operação Curto-Circuito, também devido a riscos a um dos linhões de transmissão. Já em fevereiro deste ano, a polícia voltou à região para reprimir crimes ambientais na linha Xingu-Rio, quando houve o bloqueio de R$ 361 milhões em bens dos suspeitos.
Além do Pará, as linhas da usina passam por outros três Estados: Tocantins, Goiás e Minas Gerais. O abastecimento chega ao Sistema Integrado Nacional (SIN), que distribui eletricidade para todo o País.
Investigações
A PF não informou sobre prisões, mas disse que as investigações ainda estão em andamento. Caso condenados pelas práticas de crimes ambientais, usurpação de bens da União e associação criminosa, os suspeitos podem passar mais de dez anos na prisão.
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