Cuba tem primeiro casamento lésbico três semanas após legalizar união homoafetiva


27 de outubro de 2022
Cuba tem primeiro casamento lésbico três semanas após legalizar união homoafetiva
Ilha caribenha passou a reconhecer o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo no novo Código das Famílias (Reprodução)

Com informações do Infoglobo

CUBA – Cuba celebrou o primeiro casamento lésbico do País três semanas depois da legalização da união entre pessoas do mesmo sexo na ilha caribenha. A cerimônia aconteceu na última sexta-feira, 21, na cidade de Santa Clara, no centro do País, informou o jornal inglês Daily Mail. As noivas Liusba Grajales e Lisset Díaz, que estão juntas há sete anos, puderam oficializar a união graças ao novo Código das Famílias em vigor.

Com a mudança na legislação, os cubanos se uniram a outros vizinhos da América Latina que também legalizaram o matrimônio homoafetivo nos últimos anos. Somando-se a Chile, Costa Rica, Equador, Colômbia, Brasil, Argentina, Uruguai e México, já são nove países latino-americanos a reconhecer casais homossexuais pela lei.

Liusba Grajales, que trabalha como gerente da Universidade Central de Las Villas, deu uma declaração emocionada depois de sair do cartório. “É um grande dia. Amor é amor, do jeito que é. Sem imposição, sem preconceito. Não sei se devo rir ou chorar. É uma Qmistura de tantas emoções fortes”.

A agora esposa de Liusba, Lisset Díaz, também compartilhou da alegria da companheira. “Sinto-me orgulhosa. Estou impressionada”, disse a dançarina de 34 anos.

O código foi aprovado depois de uma forte campanha do governo cubano, que contou com o apoio da defensora mais ativa dos direitos dos LGBTQIAP+ na ilha, Mariela Castro, filha do ex-presidente Raúl Castro.

A nova lei vai além do casamento igualitário que ativistas tentaram incluir na Constituição, em 2019, sem sucesso, ou a possibilidade de casais homoafetivos adotarem filhos, ou usarem barriga de aluguel. Pela primeira vez, avós terão o direito de visita sobre netos e a comunicação com os padrastos em situações de divórcio. Além disso, a guarda de menores filhos de pais divorciados também está permitida, quando for necessário para o bem-estar da criança.

Apesar da vitória, o texto enfrentou uma grande rejeição vinda de grupos evangélicos que são contrários ao casamento homoafetivo. Ao todo, um terço do País, 33,15%, votou ‘não’ no referendo que aprovou o Código das Famílias.

Até o momento, as autoridades cubanas ainda não divulgaram quantos casais homoafetivos se casaram nestas três semanas.

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