Cuba tem primeiro casamento lésbico três semanas após legalizar união homoafetiva

Ilha caribenha passou a reconhecer o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo no novo Código das Famílias (Reprodução)

Com informações do Infoglobo

CUBA – Cuba celebrou o primeiro casamento lésbico do País três semanas depois da legalização da união entre pessoas do mesmo sexo na ilha caribenha. A cerimônia aconteceu na última sexta-feira, 21, na cidade de Santa Clara, no centro do País, informou o jornal inglês Daily Mail. As noivas Liusba Grajales e Lisset Díaz, que estão juntas há sete anos, puderam oficializar a união graças ao novo Código das Famílias em vigor.

Com a mudança na legislação, os cubanos se uniram a outros vizinhos da América Latina que também legalizaram o matrimônio homoafetivo nos últimos anos. Somando-se a Chile, Costa Rica, Equador, Colômbia, Brasil, Argentina, Uruguai e México, já são nove países latino-americanos a reconhecer casais homossexuais pela lei.

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Liusba Grajales, que trabalha como gerente da Universidade Central de Las Villas, deu uma declaração emocionada depois de sair do cartório. “É um grande dia. Amor é amor, do jeito que é. Sem imposição, sem preconceito. Não sei se devo rir ou chorar. É uma Qmistura de tantas emoções fortes”.

A agora esposa de Liusba, Lisset Díaz, também compartilhou da alegria da companheira. “Sinto-me orgulhosa. Estou impressionada”, disse a dançarina de 34 anos.

O código foi aprovado depois de uma forte campanha do governo cubano, que contou com o apoio da defensora mais ativa dos direitos dos LGBTQIAP+ na ilha, Mariela Castro, filha do ex-presidente Raúl Castro.

A nova lei vai além do casamento igualitário que ativistas tentaram incluir na Constituição, em 2019, sem sucesso, ou a possibilidade de casais homoafetivos adotarem filhos, ou usarem barriga de aluguel. Pela primeira vez, avós terão o direito de visita sobre netos e a comunicação com os padrastos em situações de divórcio. Além disso, a guarda de menores filhos de pais divorciados também está permitida, quando for necessário para o bem-estar da criança.

Apesar da vitória, o texto enfrentou uma grande rejeição vinda de grupos evangélicos que são contrários ao casamento homoafetivo. Ao todo, um terço do País, 33,15%, votou ‘não’ no referendo que aprovou o Código das Famílias.

Até o momento, as autoridades cubanas ainda não divulgaram quantos casais homoafetivos se casaram nestas três semanas.

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