Desfile cívico-militar em Brasília tem Bolsonaro com dono da Havan ao lado e aceno ao agronegócio
07 de setembro de 2022

Marcela Leiros, da Revista Cenarium
BRASÍLIA – O desfile cívico-militar em comemoração ao Dia da Independência, em 7 de setembro, que ocorre anualmente em Brasília – interrompido nos últimos dois anos pela pandemia de Covid-19 – iniciou neste ano com a quebra de protocolo pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Ao seu lado, estava o empresário Luciano Hang, que é alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) por defender, em um grupo de WhatsApp, um golpe de Estado no País.

Após chegar à Esplanada dos Ministérios acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o presidente andou pelo percurso do desfile à pé cumprimentando o público, que o chamou de “mito”. Luciano Hang também caminhou ao lado do presidente da República durante as comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil.
Veja o vídeo:
Durante vários momentos do evento, os apoiadores do chefe do Executivo federal também gritaram frases contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. “Nossa bandeira jamais será vermelha” foi a frase repetida várias vezes durante o evento.
O desfile também contou com 28 tratores, que exibiram a bandeira brasileira. A passagem do comboio foi ovacionada pelo público que gritou “o Brasil é agro” e “agro, agro, agro”.
Luciano Hang
Dono da rede de lojas Havan, Hang é um dos oito empresários que defendeu, em um grupo de WhatsApp, um golpe de Estado no País, caso o ex-presidente Lula vença as eleições. Apoiadores de Bolsonaro, os empresários foram alvos de uma operação da Polícia Federal, autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.