Dia Nacional do Café: produção cresce 1.150% e mantém expansão no AM

Produção de café no interior do Amazonas (Reprodução/Getty Images)
Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – Segunda bebida mais consumida no Brasil, atrás apenas da água, o café é um dos principais produtos de exportação no País. Nesta quarta-feira, 24, em que se celebra o Dia Nacional do Café, é marcado o início da safra brasileira. E, no Amazonas, a produção cafeeira tem ganhado espaço no cenário nacional.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita em solo amazonense saiu de seis mil sacas, em 2016, para 75 mil, em 2022, um aumento de 1.150%. Consequentemente, no mesmo período, a área dessa produção também cresceu, com aumento de 429 para 4.145 hectares. Os dados correspondem às variedades arábica, mais adocicada, e robusta mais amarga.

Produtor rural durante manejo de café, no Amazonas (Reprodução/Sepror)

Ao longo de 2023, a Secretaria de Produção Rural (Sepror) tem entre as ações da pasta, a continuidade da entrega de 1.500 kits da agricultura familiar com mudas de café, que iniciaram, ainda, em 2022. Os municípios de Autazes, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Iranduba, Manacapuru, Novo Airão e Rio Preto da Eva foram contemplados com 265 kits, que possuem 30 mudas, divididas em seis tipos de café.

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Potencial expansivo

Embalado pelo contínuo crescimento da produção de café nos últimos anos, o Governo do Amazonas tem buscado ampliar a produção do alimento no Estado. Em visita à fábrica da “Três Corações”, na AM-010, nesta quarta, 24, a equipe técnica da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) avançou nas articulações que visam emprego e renda na região.

“Estamos trabalhando para que os produtos regionais tenham um crescimento na produção e comercialização. Com isso, não só a capital ganha, mas o interior também. Esse trabalho se estende por outros produtos além do café, como a borracha, a castanha e o açaí, e sempre buscando o desenvolvimento econômico do nosso Estado”, afirma o secretário executivo de Desenvolvimento Econômico da Sedecti, Gustavo Igrejas.

O chefe do Departamento de Diversificação Econômica da pasta, Sandro Amazonas, enfatiza que o Poder Executivo atua para viabilizar a ampliação da produção do café, ao conceder auxílio aos produtores. “Vamos trabalhar para articular a ampliação do café local. A fábrica pretende adquirir mais insumos ainda para crescer a cadeia produtiva do café no Amazonas”, disse.

Equipes da Sedecti em visitação à fábrica da ‘Três Corações’, marca alimentícia especializada em café (Divulgação/Sedecti)

Origem

De acordo com o livro História do Café, de Ana Luiza Martins, publicado em 2008, foi em 1450 que o hábito de tomar café virou um momento prazeroso à mesa, em caráter doméstico ou em recintos coletivos. A bebida era popular entre os filósofos que, ao ingeri-la, permaneciam acordados, em alerta, para a prática de exercícios espirituais.

A partir de 1450, tomar café no dia a dia virou um hábito (Reprodução/Internet)

Tempos depois, a Turquia foi responsável em difundir o café como um hábito das mesas familiares, o transformando em ritual de sociabilidade. Do País, se originou o primeiro café do mundo – o Kiva Han – por volta de 1475. A partir de então, tomar café passou a ser “um rito” propagado por todo o mundo.

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