‘Difícil deve ser governar nestes tempos de guerra’, aponta OAB sobre decreto de Wilson Lima


26 de dezembro de 2020
Marco Aurélio Choy, presidente da Ordem dos Advogados no Amazonas, se pronunciou sobre o decreto de restrição no comércio (OAB/AM)
Marco Aurélio Choy, presidente da Ordem dos Advogados no Amazonas, se pronunciou sobre o decreto de restrição no comércio (OAB/AM)

Victória Salles – Da Revista Cenarium

Com medidas de restrições para a não aglomeração nos próximos 15 dias, o presidente da Ordem dos Advogados no Amazonas (OAB/AM), Marco Aurélio Choy, afirmou nesta sexta-feira, 25, que estamos vivendo momentos de guerra e declarou seu apoio ao decreto do Governo do Estado do Amazonas sobre medidas sanitárias para prevenir infecções do novo coronavírus, transmissor da Covid-19.

A declaração do advogado ocorreu por meio de seu perfil pessoal nas redes sociais e ele destacou que deve prevalecer o respeito à vida e ao trabalho dos profissionais da saúde, apesar de ser uma medida bastante difícil de se tomar. Choy foi defendido pelos colegas em comentários públicos.

De acordo com o presidente da OAB/AM, essa é uma medida complicada, mas que São Paulo passou a adotar e que a Europa (que já tem a vacina) também está adotando.

“Também acredito que o poder público deve ajudar o setor produzindo, neste momento, na reunião entre Governo e as entidades uma maior desburocratização das linhas de crédito da Agência de Fomento do Estado do Amazonas e devem ter apoios tributários de todos os entes”, afirmou.

Ele ressalta ainda que os casos aumentaram significativamente e, se o governante liberar todos os serviços, é alvo de críticas e, se restringir para que os casos tenham uma diminuição, também será alvo de críticas.

Reuniões com setores

“Participamos enquanto a OAB/AM juntamente com diversas entidades do setor produtivo dos três setores da economia, para discutir o formato e o enfretamento da questão da Covid-19 no Estado, para que pudéssemos achar uma solução de consenso”, destacou.

A categoria de advocacia também foi afetada, pontuou o presidente da OAB. “A medida também afetou o setor da advocacia que também saiu fragilizado e foi apoiado pela Caixa de Assistência de Advogados do Amazonas (CaaAmazonas) que custeou centenas de auxílios para a advocacia nesses tempos difíceis”.

Marco ressaltou a transparência e a sinceridade do governador Wilson Lima no trato da questão e destaca que infelizmente “o gosto do remédio é amargo, mas necessário”.

O presidente diz que perdeu as contas de quantas notas de pesar foi emitida em favor de advogados e advogadas perdidos em 2020. Além disso, ele salienta a importância da vacina para o Estado e a conscientização da população quanto às medidas de segurança e medidas sanitárias dadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ocupação em UTIs

Até a última sexta-feira, 25, a taxa de ocupação de leitos de UTI/Adulto para Covid-19, em Manaus, era 92,86% na rede pública e 85,96% na privada, percentuais considerados altos, tendo em vista o aumento periódico de casos diagnosticados na capital. Os percentuais são considerados preocupantes por autoridades em saúde.

Choy destacou em sua postagem as dificuldades nessa fase pandêmica: “registro o quão difícil deve ser governar nestes tempos de Guerra. Se libera geral, o governante será alvo de severas críticas. Se restringe, também será alvo de uma tempestade de críticas!”, opinou.

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