‘Difícil deve ser governar nestes tempos de guerra’, aponta OAB sobre decreto de Wilson Lima

Marco Aurélio Choy, presidente da Ordem dos Advogados no Amazonas, se pronunciou sobre o decreto de restrição no comércio (OAB/AM)

Victória Salles – Da Revista Cenarium

Com medidas de restrições para a não aglomeração nos próximos 15 dias, o presidente da Ordem dos Advogados no Amazonas (OAB/AM), Marco Aurélio Choy, afirmou nesta sexta-feira, 25, que estamos vivendo momentos de guerra e declarou seu apoio ao decreto do Governo do Estado do Amazonas sobre medidas sanitárias para prevenir infecções do novo coronavírus, transmissor da Covid-19.

A declaração do advogado ocorreu por meio de seu perfil pessoal nas redes sociais e ele destacou que deve prevalecer o respeito à vida e ao trabalho dos profissionais da saúde, apesar de ser uma medida bastante difícil de se tomar. Choy foi defendido pelos colegas em comentários públicos.

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De acordo com o presidente da OAB/AM, essa é uma medida complicada, mas que São Paulo passou a adotar e que a Europa (que já tem a vacina) também está adotando.

“Também acredito que o poder público deve ajudar o setor produzindo, neste momento, na reunião entre Governo e as entidades uma maior desburocratização das linhas de crédito da Agência de Fomento do Estado do Amazonas e devem ter apoios tributários de todos os entes”, afirmou.

Ele ressalta ainda que os casos aumentaram significativamente e, se o governante liberar todos os serviços, é alvo de críticas e, se restringir para que os casos tenham uma diminuição, também será alvo de críticas.

Reuniões com setores

“Participamos enquanto a OAB/AM juntamente com diversas entidades do setor produtivo dos três setores da economia, para discutir o formato e o enfretamento da questão da Covid-19 no Estado, para que pudéssemos achar uma solução de consenso”, destacou.

A categoria de advocacia também foi afetada, pontuou o presidente da OAB. “A medida também afetou o setor da advocacia que também saiu fragilizado e foi apoiado pela Caixa de Assistência de Advogados do Amazonas (CaaAmazonas) que custeou centenas de auxílios para a advocacia nesses tempos difíceis”.

Marco ressaltou a transparência e a sinceridade do governador Wilson Lima no trato da questão e destaca que infelizmente “o gosto do remédio é amargo, mas necessário”.

O presidente diz que perdeu as contas de quantas notas de pesar foi emitida em favor de advogados e advogadas perdidos em 2020. Além disso, ele salienta a importância da vacina para o Estado e a conscientização da população quanto às medidas de segurança e medidas sanitárias dadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ocupação em UTIs

Até a última sexta-feira, 25, a taxa de ocupação de leitos de UTI/Adulto para Covid-19, em Manaus, era 92,86% na rede pública e 85,96% na privada, percentuais considerados altos, tendo em vista o aumento periódico de casos diagnosticados na capital. Os percentuais são considerados preocupantes por autoridades em saúde.

Choy destacou em sua postagem as dificuldades nessa fase pandêmica: “registro o quão difícil deve ser governar nestes tempos de Guerra. Se libera geral, o governante será alvo de severas críticas. Se restringe, também será alvo de uma tempestade de críticas!”, opinou.

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