Docentes da Ufam pedem voto para Lula após Governo Bolsonaro bloquear mais de R$ 5 mi da instituição

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) sofreu bloqueio de R$ 5.485.535,44. (Divulgação/ Adua)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – A Associação dos Docentes da Universidade do Amazonas (Adua) divulgou, nessa quinta-feira, 6, nota de convocação para que no dia 30 de outubro, segundo turno das eleições, a sociedade vote no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e não no presidente Jair Bolsonaro (PL). A manifestação acontece após o atual governo ter bloqueado R$ 9 milhões de instituições federais no Estado.

No último dia 30 de setembro, o governo federal assinou um novo bloqueio no orçamento da Educação até dezembro. Ao todo, R$ 2,4 bilhões foram obstruídos do orçamento do Ministério da Educação (MEC). No Amazonas, o embargo de verba da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foi de R$ 5.485.535,44 e do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), R$ 3.576.347,28.

“Diante da gravidade do momento, do recente e criminoso corte no orçamento da Educação, que compromete o funcionamento dos institutos e das universidades federais, não nos cabe outra opção que não seja a de reafirmar a consigna nacional: ‘Votar em Lula para derrotar Bolsonaro nas ruas e nas urnas!'”, diz o documento.

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Na nota, os docentes afirmam que a gestão de Bolsonaro e do vice-presidente, General Hamilton Mourão, é uma das mais “nefastas” da história do País. Para eles, o Brasil vive a mais grave crise política, em uma escalada “nunca vista de afronta à Constituição de 1988”.

São citados alguns exemplos: constantes ataques à educação pública, às ciências, ao conhecimento e às liberdades democráticas; degradação das condições de vida da classe trabalhadora; incentivo à destruição dos biomas brasileiros, especialmente da floresta amazônica e seus povos; ataques machistas, racistas, xenofóbicos, capacitistas e LGBTQIAP+fóbicos; pauperização e fome da população, com 33 milhões de pessoas sem ter o que comer; além das 686 mil mortes por Covid-19.

O documento também reafirma a importância da democracia e de avançar nas lutas de conquistas sociais. “Vamos às ruas e às urnas porque não admitimos retroceder das conquistas do povo e de sua luta para que o Brasil possa avançar nas trilhas da democratização, das conquistas sociais, da vida cidadã, da universalidade material dos direitos coletivos. Mais do que valor universal, a democracia é um valor estratégico da classe trabalhadora; é o poder do povo livre, não de alguns”, acrescenta.

Confira a nota na íntegra:


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