Braga defendeu abertura do comércio, em Manaus, dias antes da falta de oxigênio no AM


20 de maio de 2021
Braga defendeu abertura do comércio, em Manaus, dias antes da falta de oxigênio no AM
O Estado do Amazonas contabiliza 380.416 casos do novo coronavírus e 12.893 mortes (Reprodução/Internet)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

No dia 26 de dezembro, 20 dias antes do Amazonas sofrer com a escassez de oxigênio medicinal em razão do aumento do consumo nas unidades de saúde, o senador Eduardo Braga (MDB) defendeu a abertura do comércio no Estado durante publicação em uma rede social. A postura do político é diferente da adotada durante depoimentos da CPI da Pandemia onde, aparentemente, defende medidas de distanciamento e de segurança sanitária contra o novo coronavírus.

O Governo do Amazonas publicou, no dia 23 de dezembro, um decreto que ampliava o nível de restrição em razão do aumento de casos da Covid-19 no Estado, mas foi alvo de protestos por parte da sociedade e do senador. O aumento das medidas de isolamento tinha como base análises da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) que identificavam um recrudescimento da pandemia e a necessidade de reforçar  medidas de isolamento social.

O aumento das medidas de isolamento tinha como base análises da Fundação de Vigilância em Saúde (Reprodução/Internet)

Três dias após a publicação, o decreto foi revogado. A abertura dos estabelecimentos contribuiu com a disseminação do novo coronavírus e, consequentemente, com o colapso pela falta de oxigênio no Amazonas. Em postagem nas redes sociais, Braga afirmava: “Não é hora de fechar o comércio e sim incentivar o empreendedor, sob pena de causar prejuízos irreparáveis à atividade econômica e gerar ainda mais desemprego”.

Ainda na publicação, o senador e também ex-governador do Amazonas, entre 2003 e 2010, cobrava planejamento e investimento na saúde. Apesar da sugestão, Eduardo não construiu nenhuma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no interior do Estado no período da sua gestão, deixando os municípios sem respiradores e sem atendimento clínico especializado para vítimas da Covid-19. “Faço um apelo para que este decreto seja revisto”, dizia a publicação de Braga.

Covid-19 – O Estado do Amazonas contabiliza 380.416 casos do novo coronavírus e 12.893 mortes. Em todo o Brasil, o quantitativo de óbitos já passa de 444 mil, além de mais de 15 milhões de casos da doença. Nas últimas 24 horas, o País registrou 2.527 mortes.  

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