Em Brasília, quilombolas e indígenas reivindicam políticas para permanecer nas universidades
07 de outubro de 2021

Cassandra Castro – Da Cenarium
BRASÍLIA – Depois de realizarem uma caminhada pela Esplanada dos Ministérios até a sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, mais de 700 estudantes indígenas e quilombolas, de 50 universidades públicas e privadas, foram até a frente do Palácio do Planalto, nesta quinta-feira, 7, em mobilização pelo direito de estudar. Os universitários participam, desde o início da semana, do 1º Fórum Nacional dos Estudantes de Ensino Superior Indígena e Quilombola na capital federal. O Fórum acontece até esta sexta-feira, 8.
Na concentração que fizeram em frente à sede do MEC, os estudantes realizaram um “aulão” no qual vários deles tiveram a chance de apresentar o que é produzido por eles dentro de suas universidades e faculdades. A aula simbólica teve o objetivo de sensibilizar as autoridades para as dificuldades enfrentadas pelos alunos das instituições de Ensino Superior.

Indígenas e quilombolas se reúnem em Brasília (Verônica Holanda/Adia Spezia/Cimi) 
Indígenas e quilombolas se reúnem em Brasília (Verônica Holanda/Adia Spezia/Cimi) 
Indígenas e quilombolas se reúnem em Brasília (Verônica Holanda/Adia Spezia/Cimi) 
Indígenas e quilombolas se reúnem em Brasília (Verônica Holanda/Adia Spezia/Cimi)
A presença de representantes quilombolas e indígenas na capital federal também permitiu que eles participassem de agendas diretamente ligadas às reivindicações dos estudantes, como foi o caso da audiência pública conjunta realizada pelas Comissões de Educação e de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, na terça-feira, 5.
Leia também: audiência pública discute auxílio estudantil para universitários indígenas e quilombolas
Reunião
Durante a reunião, estudantes e lideranças indígenas e quilombolas falaram sobre os principais problemas enfrentados para o acesso e permanência desses jovens das populações tradicionais nas instituições de Ensino Superior. Uma das principais reivindicações dos universitários é solução para entraves como a continuidade do programa de permanência a esses estudantes. Eles alegam que o sistema da bolsa permanência está fechado há dois anos e os recursos concedidos, de R$ 900, não estariam sendo pagos aos alunos.



