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Em comparativo, intenção de novos investimentos na Zona Franca diminui de R$ 2,3 bilhões para R$ 610 milhões
Zona Franca de Manaus (Reprodução)
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27 de abril de 2022
Diovana Rodrigues – Da Revista Cenarium
MANAUS — Nesta quinta-feira, 28, às 10h (horário de Brasília), será realizada, por meio de videoconferência, a 303ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Suframa (CAS), com a pauta de avaliar 34 projetos, somando R$ 610 milhões em novos investimentos a serem implementados na Zona Franca de Manaus (ZFM). Segundo dados analisados, o volume de investimentos diminuiu, consideravelmente, em relação às últimas reuniões. O valor foi de bilhões para milhões.
A reunião tem como objetivo analisar os projetos industriais, de serviços e agroindustriais, que pretendem se instalar na ZFM, dos quais 13 são de implantação e 21 de diversificação, ampliação ou atualização. A estimativa de geração de empregos é de 1.048 em até três anos.
Estarão presentes na videoconferência: a secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques Consentino; o superintendente da Suframa, Algacir Polsin; além de conselheiros representantes de órgãos ministeriais, governos estaduais, municipais e entidades de classe.
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Segundo informações da assessoria do CAS, há alguns destaques dentre os projetos: o primeiro é o da empresa Flextronics da Amazônia Ltda., com investimento proposto de R$ 231 milhões e geração de 366 postos de trabalho; o segundo é o projeto agroindustrial, que deve ser instalado no Distrito Agropecuário da Suframa (DAS) para produção de farinha de mandioca, com aproximadamente R$ 1 milhão de capital.
Os projetos de ampliação, diversificação ou atualização, de maior relevância, são: a proposta das empresas Evadin Indústrias Amazônia Sociedade Anônima, para produção de terminal e transações comerciais, com expectativa de investimentos de R$ 86 milhões; outra é da Brudden da Amazônia Ltda., aspirando a produção de motocicletas elétricas, com R$ 4,6 milhões.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, afirma que o Polo Industrial de Manaus é a principal mola propulsora da economia e do desenvolvimento sustentável do Estado, e que a Fieam tem participado de todas as discussões técnicas e políticas sobre o modelo.
Para Antônio Silva, a Zona Franca continua merecendo a confiança do empresariado. “Os indicadores, apesar da insegurança jurídica causada, denotam a confiabilidade do nosso modelo e a credibilidade que ele possui junto ao empresariado. É importante que nesse momento de volatilidade tenhamos um sinalizador tão positivo”, sinaliza Silva, em entrevista à CENARIUM.
Em resposta aos questionamentos da CENARIUM, a Suframa enviou nota esclarecendo que A 303ª Reunião Ordinária do CAS ocorreria de forma presencial, em Macapá (AP), mas teve que ser alterada e a decisão foi pela realização da reunião no formato de videoconferência, em comum acordo com a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia. “Ressaltamos que, especialmente durante o período de pandemia, as reuniões já ocorreram nesse formato e não houve qualquer obstáculo para a discussão e deliberação dos projetos de investimentos”, diz o comunicado.
A assessoria da autarquia informou também que quantidade de projetos e o volume de investimentos e empregos a serem gerados mostram a resiliência e a atratividade da Zona Franca de Manaus, “modelo que tem se mostrado ao longo de 55 anos como importante não apenas para a geração de emprego e renda na Amazônia, mas também em todo o Brasil”.
Comparativo de investimentos
Como disposto no gráfico abaixo, o volume de investimentos teve um declínio de bilhões para milhões, entre a 300ª e a 303ª reunião do CAS, segundo dados da Suframa.
Sobre a questão de insegurança jurídica causada pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que afeta diretamente a sobrevivência da Zona Franca, Antônio Silva analisa que o panorama não demonstra um ataque. “A medida não foi direcionada ao Polo Industrial de Manaus. Há, sim, uma repercussão negativa dela sobre as nossas indústrias que precisa ser saneada”, afirma.
“Nesse movimento capitaneado pelo governo estadual e pelo parlamento, temos estruturado posicionamentos técnicos e sugestões de medidas para mitigar os efeitos negativos do decreto”, denota Antonio Silva, com relação ao posicionamento da Fieam nesse momento de dificuldade.
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