Em oração tradicional do Natal, Papa Francisco diz que mundo tem ‘fome de paz’


25 de dezembro de 2022
Papa Francisco faz seu tradicional discurso de Natal da bancada da Basílica de São Pedro, no Vaticano - (Yara Nardi/Reuters)
Papa Francisco faz seu tradicional discurso de Natal da bancada da Basílica de São Pedro, no Vaticano - (Yara Nardi/Reuters)

Da Revista Cenarium*

MANAUS – O Papa Francisco afirmou que o mundo sofre de uma “grave fome de paz” e rezou pelo fim da Guerra da Ucrânia e de outros conflitos na tradicional mensagem de Natal que proferiu neste domingo, 25, da sacada do Vaticano, diante de dezenas de milhares de fiéis.

A oração é feita um dia depois que um ataque a Kherson matou ao menos dez pessoas e feriu outras 35, de acordo com informações divulgadas pelo governo de Volodimir Zelenski.

Papa Francisco faz seu tradicional discurso de Natal da bancada da Basílica de São Pedro, no Vaticano – Yara Nardi/Reuters

“Que possamos ver os rostos de nossos irmãos e irmãs ucranianas que experimentam este Natal no escuro e no frio”, disse Francisco. O país invadido tem tido cortes frequentes de energia e de água desde outubro, quando a Rússia passou a bombardear com constância sua infraestrutura civil.

O pontífice ainda acrescentou que a Guerra da Ucrânia não deveria diminuir a preocupação com pessoas cujas vidas foram devastadas por outros conflitos e crises humanitárias pelo mundo, citando, entre outros, aqueles que assolam Irã, Síria, Myanmar, Haiti e a região do Sahel, na África.

Ele ainda pediu uma retomada do diálogo entre Israel e Palestina em meio ao acirramento de tensões na Cisjordânia. Ao menos 150 palestinos e mais de 20 isralenses morreram em conflitos na região este ano —é maior registro de violência na área em uma década.

Na oração, conhecida como “Urbi et Orbi” —para a cidade e para o mundo—, o papa ainda solicitou a seus fiéis que olhem para além da “purpurina rasa do período de festas” e ajudam os sem-teto, imigrantes, refugiados e pobres que buscam conforto, aquecimento e comida.

Ele alertou para o fato de que muitos recursos hoje são gastos em armas, e quantidades gigantescas de comida são desperdiçadas diariamente. Ele também condenou novamente o uso de alimentos como uma arma de guerra, afirmando que a Guerra da Ucrânia impôs o risco de fome a milhões, em países como o Afeganistão ou as nações do Chifre da África.

(*) Com informações da Folhapress

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