Em oração tradicional do Natal, Papa Francisco diz que mundo tem ‘fome de paz’

Papa Francisco faz seu tradicional discurso de Natal da bancada da Basílica de São Pedro, no Vaticano - (Yara Nardi/Reuters)
Da Revista Cenarium*

MANAUS – O Papa Francisco afirmou que o mundo sofre de uma “grave fome de paz” e rezou pelo fim da Guerra da Ucrânia e de outros conflitos na tradicional mensagem de Natal que proferiu neste domingo, 25, da sacada do Vaticano, diante de dezenas de milhares de fiéis.

A oração é feita um dia depois que um ataque a Kherson matou ao menos dez pessoas e feriu outras 35, de acordo com informações divulgadas pelo governo de Volodimir Zelenski.

Papa Francisco faz seu tradicional discurso de Natal da bancada da Basílica de São Pedro, no Vaticano – Yara Nardi/Reuters

“Que possamos ver os rostos de nossos irmãos e irmãs ucranianas que experimentam este Natal no escuro e no frio”, disse Francisco. O país invadido tem tido cortes frequentes de energia e de água desde outubro, quando a Rússia passou a bombardear com constância sua infraestrutura civil.

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O pontífice ainda acrescentou que a Guerra da Ucrânia não deveria diminuir a preocupação com pessoas cujas vidas foram devastadas por outros conflitos e crises humanitárias pelo mundo, citando, entre outros, aqueles que assolam Irã, Síria, Myanmar, Haiti e a região do Sahel, na África.

Ele ainda pediu uma retomada do diálogo entre Israel e Palestina em meio ao acirramento de tensões na Cisjordânia. Ao menos 150 palestinos e mais de 20 isralenses morreram em conflitos na região este ano —é maior registro de violência na área em uma década.

Na oração, conhecida como “Urbi et Orbi” —para a cidade e para o mundo—, o papa ainda solicitou a seus fiéis que olhem para além da “purpurina rasa do período de festas” e ajudam os sem-teto, imigrantes, refugiados e pobres que buscam conforto, aquecimento e comida.

Ele alertou para o fato de que muitos recursos hoje são gastos em armas, e quantidades gigantescas de comida são desperdiçadas diariamente. Ele também condenou novamente o uso de alimentos como uma arma de guerra, afirmando que a Guerra da Ucrânia impôs o risco de fome a milhões, em países como o Afeganistão ou as nações do Chifre da África.

(*) Com informações da Folhapress

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