Em Roraima, PRF apreende 1,4 mil comprimidos contrabandeados que seriam usados no garimpo

Medicamento é usado no tratamento de malária (Foto: Divulgação/PRF)
Bruna Cássia – Da Revista Cenarium

BOA VISTA (RR) – A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 1.440 mil comprimidos de remédio para malária, contrabandeados da Guiana, que iriam ser usados em região de garimpo no Estado de Roraima. A apreensão ocorreu nesse fim de semana, na BR 401, em Boa Vista.

Conforme informações da PRF, uma equipe de fiscalização abordou um veículo, como procedimento de praxe, e encontrou o medicamento. Ao fazer análise, os policiais constataram que os comprimidos não tinham registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“O condutor do veículo e proprietário dos medicamentos, informou que estava trazendo os produtos de Lethem para vender na região do garimpo”, relatou a Polícia em Nota. Após a abordagem, a Polícia apreendeu os remédios e conduziu os envolvidos à sede da Superintendência da Polícia Federal (PF).

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Invasão de garimpeiros em terra indígena (Divulgação0/Ministério da Defesa)
Garimpo em Roraima

O estado de Roraima enfrenta uma grave crise com os reflexos da atuação de garimpeiros na Terra Indígena Yanomami (TIY). Indígenas que vivem na região são atingidos por doenças, violência e morte por meio de conflitos.

Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), divulgada no dia 26 de abril deste ano, mostram que o garimpo avançou 361% em Terras Indígenas entre 2016 e 2022.

“Em algumas terras indígenas o aumento foi muito expressivo. Por exemplo, a TI Kayapó teve um aumento de 1.339% nesse curto período. A gente já trabalhava com a hipótese de crescimento do garimpo nessas áreas, mas não imaginava que iria ser tão agressivo”, disse à época uma das pesquisadoras da equipe, Martha Fellows Dourado.

Além disso, a pesquisa mostrou que há 80.180 pontos de garimpo na Amazônia brasileira em uma área de 241 mil hectares – mais de duas vezes o tamanho da cidade de Belém.

Leia mais: Crise em Roraima: incêndios florestais e poluição impactam na saúde
Editado por Aldizangela Brito
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