Em tempo de pandemia, aplicações financeiras são alternativas para ‘dinheiro parado’


01 de julho de 2021
Em tempo de pandemia, aplicações financeiras são alternativas para ‘dinheiro parado’
Economistas de Manaus apontam soluções para investir (Reprodução/Internet)
Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium

MANAUS – O investimento no Tesouro Direto cresceu 7,5% no Brasil em 2021 no primeiro ano da pandemia do novo coronavírus, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Diante deste cenário, especialistas detalham nesta quinta-feira, 1º, dicas para quem deseja investir e ter mais segurança na escolha das aplicações.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV) o valor total investido no Tesouro Direto até março de 2021 foi de R$ 62,8 bilhões. No mesmo mês de 2020 eram R$ 58,4 bilhões. O estoque cresceu 7,5% durante a pandemia. O valor total investido no Tesouro Direto cresceu 7,5% em março de 2021 em relação ao mesmo mês de 2020. São seis pontos percentuais a mais que em 2020 frente a 2019 (1,5%). De 2018 para 2019, a alta foi de 21%.

O economista Orígenes Martins esclarece que pessoas de todos os níveis e faixas de renda também estão fazendo aplicações financeiras no Tesouro e em outras plataformas como a bolsas de valores. Normalmente os empenhos eram feitos por meio de carteiras específicas dos bancos ou de agências especializadas de investimento e câmbio.

“No entanto com a expansão e popularização da internet, várias plataformas foram desenvolvidas permitindo aplicações financeiras por meio de transações eletrônicas. O mais recente feito tecnológico desta expansão foi o surgimento da criptomoeda, que chega em alguns casos a render lucros dez vezes maiores que aplicações bancárias, mesmo que os riscos sejam maiores”, explicou.

O economista pondera que a pandemia trouxe algumas reações para o mercado financeiro. Por um lado, os empreendedores que normalmente aplicavam em atividades produtivas, por conta das restrições do mercado, desviaram seus investimentos para o mercado financeiro. Por outro lado, o aumento do número de investidores fez com que por um tempo o retorno das aplicações sofresse uma queda, que está se recuperando atualmente, pelo equilíbrio de mercado.

“A aplicação financeira, como busca de ganho, exige necessariamente um fator fundamental ao investidor: o risco. Neste sentido, o momento adequado para investir depende de vários fatores que precisam ser levados em conta como por exemplo os índices da Bolsa de Valor, o Câmbio e a Taxa Selic. Dependendo da análise destes fatores, o investidor pode ter um retorno maior ou menor em um período de curto, médio ou longo espaço de tempo”, detalhou.

Dicas de segurança

A economista Denise Kassama indica que com a tendência de alta dos juros sinalizada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o governo federal demonstra uma preocupação muito grande em reduzir o consumo e tentar, dessa forma, controlar a inflação, que nos últimos doze meses acumula alta de 8,06% e dá dicas de como fazer aplicação segura.

“Se estiver endividado, não invista. Os juros remuneram investimentos, mas também oneram as dívidas. De forma geral, as aplicações dependem de três fatores: valor, tempo do investimento e risco. Quanto maior o risco, maior a chance de remuneração. Não se deixe levar por propagandas nas redes sociais”, destaca a economista.

Outra dica importante dada por Denise é fazer uma pesquisa e analisar as avaliações. Nesse momento é necessário diversificar seu portfólio, mantendo aplicações diferentes e assim não empatar o dinheiro.

“Avalie quanto tempo quer manter o dinheiro aplicado, o valor e o risco que quer correr. Para cada um destes fatores tem uma aplicação. Busque auxílio profissional de confiança. Pode ser o seu banco ou alguma instituição reconhecida e o principal fuja dos milagreiros que prometem multiplicar seu dinheiro em pouco tempo”, finaliza Kassama.

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