‘Enfrentamos nova batalha’, diz Arthur Virgílio ao lembrar aniversário da Zona Franca de Manaus


28 de fevereiro de 2022
‘Enfrentamos nova batalha’, diz Arthur Virgílio ao lembrar aniversário da Zona Franca de Manaus
O ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto. (Divulgação)

Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – O ex-prefeito de Manaus e ex-senador Arthur Virgílio Neto celebrou, nesta segunda-feira, 28, os 55 anos de criação da Zona Franca de Manaus (ZFM), lembrando ainda que o modelo econômico enfrenta “mais uma dura batalha para manter a continuidade do Polo Industrial”. Na sexta-feira, 25, o governo federal publicou decreto reduzindo o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), medida que pôs a ZFM sob ameaça.

“A Zona Franca de Manaus completa 55 anos e muitas foram as lutas para chegar até aqui, gerando empregos no Amazonas e mantendo a floresta em pé. Nesta data, que seria de celebração, enfrentamos mais uma dura batalha para manter a continuidade do Polo Industrial. Triste vermos nossos representantes no Congresso Nacional se rendendo a interesses outros que não o de defender nossa gente e nossa terra”, alegou o ex-prefeito.

Virgílio Neto ainda lembrou que durante a trajetória política, sempre enfatizou a importância do modelo para o Estado e para a Amazônia.

“A Zona Franca é o sustentáculo da Floresta Amazônica amazonense. Ela distribui empregos e benesses pelo País inteiro. Ela precisa ser apoiada. Discutir incentivos, se corta incentivos, se não corta, isso é uma tolice enorme, porque ela faz parte da Constituição até pelo menos 2073. Então desobedecer isso, cortar incentivos, é tão impossível quanto permitir que qualquer um desobedeça qualquer outro artigo da Constituição”, defendeu o ex-parlamentar em um vídeo antigo e resgatado nesta data.

Veja o vídeo:

Redução do IPI

O governo federal publicou na sexta-feira, 25, no Diário Oficial da União (DOU), o decreto que permite a redução de até 25% nas alíquotas do IPI. O ato foi assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A redução afeta diretamente os produtos importados e produzidos no Polo Industrial.

Leia também: Parlamentares do Amazonas criticam decreto de Bolsonaro que reduz IPI; ‘golpe de morte contra ZFM’

A redução do IPI já havia sido anunciada pelo ministro Paulo Guedes na última terça-feira, 22. Segundo ele, essa seria uma medida para conter o aumento de preços generalizados e impulsionar o aumento da indústria. Mas parlamentares e representantes das indústrias afirmam que o decreto é uma bomba atômica contra a Zona Franca.

O objetivo da medida é estimular a economia, mas exigirá uma renúncia fiscal, ou seja, o governo deixará de arrecadar, segundo o Palácio do Planalto, R$ 19,5 bilhões, somente neste ano.

O IPI incide sobre os produtos industrializados, e o valor costuma ser repassado ao consumidor no preço final das mercadorias. O imposto possui várias alíquotas, que variam, em sua maior parte, de zero a 30%, mas que podem chegar a 300% no caso de produtos nocivos à saúde.

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