Entenda ligação da blogueira acusada de fake news com principal sócio da Provisa
Por: Cenarium
11 de novembro de 2024
MANAUS (AM) – O principal sócio da Provisa Corretora de Seguros Ltda., o empresário Francisco de Assis Alexandre possui ligação com a blogueira Cileide Moussallem, que coleciona cerca de 100 processos de acusações de fake news e tentativa extorsão no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Cileide é esposa do empresário Janary Wanderlei Gomes Rodrigues, sócio de Francisco na Provisa.
Há pelo menos 15 anos, os empresários compartilham o comando da empresa, que possui R$ 1,5 milhão declarado em capital social. Em 2016, a Provisa virou alvo de investigação do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM), junto com a Hapvida, sob a suspeita dos sócios da empresa não serem corretores licenciados. A denúncia foi arquivada em 2018.
Francisco Alexandre também está em vídeo institucional da Provisa afirmando que uma das exigências para ingressar na empresa é “ser adorador de ser humano“. Mas, essa parece não ser a realidade da Hapvida, de acordo com relatos nas redes sociais.
A Hapvida foi alvo do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) por irregularidades no atendimento a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de ter contrato rescindido pelo Governo do Amazonas por ineficiência no atendimento a servidores do Estado.
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No último dia 4, a blogueira foi obrigada pela Justiça do Amazonas a retirar vídeos das redes sociais com conteúdo falso e difamatório contra a jornalista e CEO da CENARIUM, Paula Litaiff. A decisão foi proferida pelo juiz de Direito Cássio André Borges dos Santos.

Ainda de acordo com a decisão, em caso de descumprimento, foi determinada multa diária no valor de R$ 500, podendo chegar até o limite de R$ 15 mil. “Fica a parte requerida intimada para apresentar contestação em 15 dias, especificando as provas que pretende produzir”, conclui a decisão.
Danos morais
Em junho deste ano, a blogueira Cileide Moussallem teve outra derrota na Justiça ao ter que pagar o valor de R$ 10 mil por danos morais para a editora-chefe do Radar Amazônico, a jornalista Any Margareth Affonso, após publicar uma matéria “Any Margareth, do Radar Amazônico, é acusada de assédio e envolvimento com menores de idade; ouça áudio”. O juiz de Direito Adonaid Abrantes de Souza Tavares.
No documento consta que a única prova definida da acusação de assédio sexual e envolvimento com menores de idade é um áudio “claramente montado“, dando conta de que “uma suposta estagiária de jornalismo teria denunciado um caso de assédio sexual após fazer um teste no site Radar Amazônico“.

Esta não é a primeira vez que o portal CM7 de Cileide Moussalem publica Fake News com o objetivo de caluniar a jornalista Any Margareth. Em julho de 2023, foi publicada uma matéria intitulada de “Bomba: dona do blog Radar Amazônico dá calote em joalheria Vivara; veja”. Comprovada a notícia falsa, a blogueira foi condenada a pagar R$ 7,5 mil por danos morais e retirar as publicações do ar, sob pena de multa.
Publicações ofensivas
Em fevereiro de 2022, após usar seu portal e suas redes sociais para proferir ataques, a blogueira Cileide Moussallem teve que apagar, após determinação do TJAM, publicações ofensivas contra a ex-primeira-dama de Manaus Elisabeth Valeiko Ribeiro.
Na decisão, a juíza Ida Maria Costa de Andrade considerou que as publicações extrapolavam a liberdade de expressão, com conteúdos que infringiam a dignidade da pessoa. À época, a magistrada determinou pena de multa de R$ 1.000 ao dia e proibiu novas publicações de matérias ofensivas e que atingissem a imagem a honra da autora da ação.