Equipe de transição pede fechamento da Esplanada a partir de sexta-feira para fazer rastreamento antibomba

A equipe de transição pediu que seja decretado ponto facultativo na sexta, porém, a tendência é que haja apenas a liberação dos servidores para que eles trabalhem remotamente (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – A equipe do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu ao governo federal e ao do Distrito Federal o fechamento de toda a Esplanada dos Ministérios a partir da próxima sexta-feira, 30, para realizar rastreamento de explosivos e fazer a preparação do esquema de segurança para a posse, no dia 1° de janeiro.

O pedido de fechamento da Esplanada foi confirmado pelo futuro ministro da Justiça, Flávio Dino.

Segundo a Folha apurou, o rastreamento dos explosivos faz parte de uma série de medidas adotadas pelo governo eleito para evitar incidentes durante a posse do petista.

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A equipe de transição pediu que seja decretado ponto facultativo na sexta, porém, a tendência é que haja apenas a liberação dos servidores para que eles trabalhem remotamente.

Lula em cerimônia de encerramento dos grupos de trabalho da transição, no CCBB, em Brasília (Pedro Ladeira/13.dez.22/Folhapress)

Há 8.000 agentes de segurança, incluindo policiais e militares, disponíveis para garantir a proteção de Lula e do público no próximo domingo, 1°. A ideia da equipe do presidente diplomado é trabalhar com o uso proporcional da força do Estado, ou seja, quanto maior o risco, maior as camadas de proteção que serão colocadas em prática.

Também nesta terça, 27, Dino afirmou que a equipe pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão do porte de armas de fogo no Distrito Federal entre os dias 28 de dezembro e 2 de janeiro.

Essa seria uma medida adicional de segurança para a cerimônia de posse presidencial, após a tentativa frustrada de atentado, em Brasília, por militantes bolsonaristas, e a apreensão de explosivos.

Dino disse que o pedido já foi feito e está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

“Vai permitir que as forças policiais possam realizar diligências, possam apreender eventuais armamentos. E o mais importante, nesse período, caso haja o deferimento da medida, o porte configurará crime, uma vez que será um porte ilegal”, afirmou Dino, ao sair de uma reunião no Centro Cultural Banco do Brasil, sede do gabinete de transição.

Na tarde desta terça, a Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada para averiguar uma mochila abandonada no Setor Hoteleiro Norte, na zona central, por suspeita de bomba.

O acionamento foi feito por uma pessoa que trabalha na região. Os policiais isolaram a área à espera do esquadrão antibomba. Um robô é utilizado para investigar o que está dentro da mochila.

Suspeita de bomba mobiliza forças de segurança no setor hoteleiro norte, em Brasília
Mochila abandonada nas proximidades de hotel em Brasília (Divulgação/Polícia Militar do DF)

A mochila foi deixada próximo a hotéis e a um depósito de gás. Segundo a PM, a decisão de isolar a área faz parte do protocolo da polícia e ocorreu por precaução. Um porta-voz da Polícia Militar afirmou que um dos hotéis foi esvaziado e que a apuração sobre o conteúdo da mochila segue em andamento.

“A princípio, os funcionários do hotel chamaram a Polícia Militar porque tinha uma mochila, num ponto que fica o gás do hotel. Foi evacuado todo o hotel, a Polícia Militar cercou a área, fez um perímetro de segurança e acabou de passar o robô, que verifica, com raio-x, o que tem dentro da mochila”, disse o major Michello Bueno.

O caso acendeu alerta após um bolsonarista preso por terrorismo deixar uma bomba acoplada a um caminhão de combustível, cujo destino era o aeroporto de Brasília.

George Washington de Oliveira Sousa foi preso na noite de sábado, 24, e confessou o plano de explodir o caminhão e torres de energia, para criar o “caos” que, na visão dele, levaria à “decretação do Estado de sítio no País”, com uma possível intervenção das Forças Armadas.

(*) Com informações da Folhapress
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