Estudo mapeia informações sobre a agrobiodiversidade da região do Alto Solimões, no AM

Rio Solimões (Divulgação)
Com informações da assessoria

MANAUS – Desenvolver um sistema de informações para gestão e acesso aos dados da agrobiodiversidade da região do Alto Solimões, no eixo dos municípios São Paulo de Olivença, Benjamin Constant, Tabatinga e Atalaia do Norte, está entre os objetivos do projeto “Compartilhando saberes e mapeando conhecimentos: a construção do Observatório da Conservação Ambiental no Alto Solimões”, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

O estudo, amparado por meio do Edital nº 006/2019, do Programa de Apoio à Pesquisa – Universal Amazonas e, coordenado pela pesquisadora Katia Viana Cavalcante, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), auxilia na visibilidade do conhecimento gerado e compreensão de fenômenos da região, de monitoramentos e detecção de impactos ambientais e transformações no uso do território.

Segundo a pesquisadora, o estudo foi dividido em três fases: levantamento de conhecimentos passados e existentes; desenvolvimento do Sistema de Informações Geográficas (SIG), com informações da pesquisa de campo e georreferenciamentos; e estruturação do banco de dados do observatório de conservação ambiental.

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O SIG foi um Sistema totalmente criado pelo projeto e, atualmente, encontra-se em fase de desenvolvimento do primeiro rascunho do serviço. A estimativa é de que até novembro deste ano, o projeto tenha acesso aberto ao público e esteja disponível no site.

“Este conhecimento possui potencial para subsidiar ações emergências executadas pelos órgãos de comando e controle; fomentar e subsidiar políticas públicas adequadas para a região como, por exemplo, aos eventos de enchentes e vazantes intensas; surtos epidemiológicos e o surgimento de ilegalidade ambiental”, pontua a pesquisadora.

Ela explica ainda que a pesquisa visa também atender a comunidade na elaboração de projetos, buscando o fortalecimento das redes de geração de conhecimento das instituições locais, como o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e a Marinha do Brasil.

Resultados obtidos

A coordenadora do estudo analisou que foram obtidos dados importantes de projetos de pesquisas, de ensino e de extensão desenvolvidos por instituições locais, brasileiras e internacionais, com foco na região do Alto Solimões.

Por meio de dados públicos cedidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Fundação Nacional do Índio (Funai) foi possível a organização das informações dos quatro municípios envolvidos, por meio de uma técnica de geoprocessamento remoto ou mapeamento cartográfico, com a utilização de drones. Um destaque desse processo foi o município de Benjamin Constant, que teve o mapeamento de 64 comunidades.

Além da capacitação técnica de membros da equipe do projeto, através de colaborações institucionais fomentadas pelo projeto com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), o Exército Brasileiro e o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), por meio de parceria com a Marinha do Brasil e o IBGE, o envolvimento de discentes da graduação, por meio de projetos ensino, pesquisa e extensão também fizeram parte dos resultados do estudo.

Sobre o Programa

O Programa de Apoio à Pesquisa – Universal Amazonas, Edital nº 006/2019 é uma iniciativa da Fapeam, lançado em 2019, que financia atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, ou de transferência tecnológica, em todas as áreas do conhecimento. Os estudos devem contribuir significativamente para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Amazonas, oferecidas por instituições, ensino superior ou centro de pesquisa, sendo públicos ou privados, sem fins lucrativos.

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