Filme que levanta debate sobre inclusão de pessoas com deficiência, ‘O Som do Silêncio’ vence Oscar de Melhor Som


25 de abril de 2021
Filme fala do baterista de heavy metal que fica surdo e tem de se adaptar à nova situação (Reprodução)
Filme fala do baterista de heavy metal que fica surdo e tem de se adaptar à nova situação (Reprodução)

Com informações do Estadão Conteúdo

Ator Riz Ahmed anunciou o prêmio do próprio filme: som para O Som do Silêncio, um longa que levanta o debate sobre a inclusão de pessoas com deficiência, contando uma interessante história do baterista de heavy metal que fica surdo e tem de se adaptar à nova situação. Parte da equipe de som do longa vencedora do Oscar é mexicana.

Da escuta para o silêncio e do silêncio para a escuta. É assim, de maneira geral, que os sons do filme O “Som do Silêncio”, de Darius Marder, disponível na Amazon Prime, se apresentam para o espectador. Isso porque o desenho de som, de autoria de Nicolas Becker, é um dos mais inovadores feitos recentemente. Não por conta de grandes tecnologias usadas, mas sim pela sua sensibilidade que conecta, ainda mais, com a profunda e emocional narrativa que o filme conta.

Nele, Ruben (Riz Ahmed) é um ex-usuário de heroína e baterista de heavy metal que perde a audição e vai para um retiro de ex-viciados surdos para aprender a língua de sinais e compreender como lidar com a nova vida. “É muito importante em um filme entender todos os seus tópicos e o objetivo do diretor, saber aonde ele quer chegar. Em termos de storytelling e em termos de emoção, ou seja, em como ele quer que as pessoas se sintam com o filme”, reflete o supervisor de som francês Nicolas Becker.

A escolha, no caso, foi que a ficção ganhasse cara de documentário, no qual o espectador vivencia cada momento com o protagonista. Para o produtor musical e engenheiro de gravação e mixagem Ricardo Ponte, a escuta é ativa. “O som abafado faz com que você entenda que está acontecendo alguma coisa sem definição, e fica aquele som grave ocupando um espaço, te incomodando para que você sinta, quase que fisicamente, a dor”, pontua.

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