Flávio Bolsonaro afirma que pai não pensa em pedir intervenção militar: ‘Golpe nunca foi cogitado’

Nas palavras de Flávio Bolsonaro, a agenda golpista está descartada e, agora, o jogo é dar robustez à oposição no Governo Lula (Reprodução)
Mencius Melo – Da Revista Cenarium

MANAUS – O senador Flávio Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira, 7, à coluna de Paulo Capelli, do Portal Metrópoles, que o pai, Jair Bolsonaro (PL), candidato derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na recente eleição presidencial, no Brasil, não pensa em apoiar, ou mesmo incentivar, qualquer ato que venha pedir intervenção militar na democracia brasileira. “Golpe militar nunca foi cogitado”, declarou o senador.

A declaração do filho de Jair Bolsonaro é um “balde de água gelada” nos manifestantes que acampam nas portas dos quartéis País afora pedindo “intervenção militar”. Em Manaus, por exemplo, o movimento golpista se concentra, há mais de um mês, na porta do Comando Militar da Amazônia (CMA), na Zona Oeste da capital do Estado.

Flávio Bolsonaro. (Pablo Jacob/Agência O Globo)

Ainda de acordo com o senador, mesmo sinalizando recuo, a agenda de críticas às urnas eletrônicas permanece na pauta da, agora, oposição bolsonarista, e a luta pelo voto imprenso também. Além de manter hasteada as bandeiras polêmicas de Bolsonaro e do bolsonarismo, o núcleo político que se forma irá marcar posição no novo cenário político que surge após a eleição e a consequente posse de Lula.

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Base

Para se manter vivo no jogo político, Bolsonaro deverá, segundo Flávio, basear-se em Brasília para acompanhar o desempenho do Governo Lula e, com isso, se tornar a figura proeminente da oposição ao petista. Mesmo tendo o Rio de Janeiro como base político-eleitoral, o líder da extrema-direita brasileira optou pela capital federal para se manter em evidência.

Para assegurar o protagonismo, Jair Bolsonaro parece ter assimilado a derrota, segundo o filho do político e, agora, busca fazer, do novo endereço na capital do País, uma espécie de “quartel general” (QG) da oposição a Lula. Apesar do fantasma dos processos que podem correr nos tribunais contra Bolsonaro, o candidato derrotado acredita estar vivo, politicamente, até 2026.

De acordo com o colunista, indícios de movimentações internas apontam que Bolsonaro tentará se manter como única via da extrema-direita brasileira para as próximas eleições presidenciais de 2026. Procurar ficar em evidência, em Brasília, é um dos movimentos que apontam a estratégia do ex-capitão do exército derrotado no último dia 30 de outubro.

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