Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes votam para tornar Zambelli ré

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) saca arma na rua na véspera do segundo turno de 2022 A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) saca arma na rua na véspera do segundo turno de 2022 (Reprodução/Redes Sociais)
Da Revista Cenarium Amazônia*

BRASÍLIA – O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta sexta-feira, 11, julgamento que decide se torna ré a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) sob acusação dos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e de constrangimento ilegal com emprego de arma.

A acusação do Ministério Público Federal (MPF) foi feita após o episódio em que a deputada sacou e apontou uma arma para um homem no meio da rua em São Paulo, em 29 de outubro do ano passado, na véspera do segundo turno das eleições.

O julgamento do Supremo acontece até o dia 21 de agosto, em plenário virtual, plataforma onde os ministros apresentam os seus votos durante um determinado período de tempo.

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Até as 9h desta sexta, haviam votado a favor do recebimento da denúncia contra Zambelli os ministros Gilmar Mendes, relator do processo, e Alexandre de Moraes.

Zambelli foi denunciada em janeiro pela vice-procuradora-geral Lindôra Araújo. Além da condenação pelos dois tipos penais, a PGR pede que a parlamentar seja obrigada a pagar R$ 100 mil por danos coletivos e que seu porte de arma seja cancelado definitivamente.

A pena para o porte ilegal varia de dois a quatro anos de reclusão, mais pagamento de multa. Quanto ao constrangimento ilegal, vai de três meses a um ano, tempo que pode ser ampliado em razão do uso de arma.

Ao ser denunciada, a defesa da deputada disse que no processo seria demonstrado “quem foi a vítima e o verdadeiro agressor nos eventos ocorridos”. Ela tem alegado que agiu em legítima de defesa.

Na tarde de 29 de outubro, véspera do segundo turno das eleições, a deputada bolsonarista sacou uma pistola 9mm e perseguiu um homem negro após uma discussão no bairro dos Jardins, em São Paulo. Um segurança da parlamentar chegou a fazer um disparo e foi preso pela Polícia Civil.

O transporte de armas é proibido nas 48 horas que antecedem a votação em endereços próximos a colégios eleitorais. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a perseguição ocorreu a mais de cem metros da seção mais próxima.

Embora detentora de porte de arma, avaliou a representante da PGR, Zambelli não poderia ter manejado a pistola em espaço público, colocando a coletividade em risco.

A Procuradoria entendeu que o homem perseguido pela parlamentar não oferecia perigo ou ameaça real que justificassem o uso da pistola e o constrangimento causado a ele.

(*) Com informaões da Folhapress

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