Governos estaduais e federal assinam termo de cooperação para proteção do Pantanal
18 de abril de 2024

Davi Vittorazzi — Da Revista Cenarium
CUIABÁ (MT) — O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, assinaram nessa quinta-feira, 18, o termo de cooperação de defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. A assinatura ocorreu no auditório do Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS).
O Pantanal é o bioma com a maior área úmida do mundo e tem mais 210 mil quilômetros quadrados (km²), sendo que 138 mil estão nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A área equivale a 15 milhões de campos de futebol. Todos os anos, o bioma sofre, em épocas de seca, com os incêndios florestais, que atingem a fauna e a flora.
No termo assinado pelas autoridades está prevista a criação de uma resposta e a responsabilização de incêndios florestais, monitoramento da fauna silvestre, investimento em produção sustentável, além de investimento em turismo local.

“É uma demonstração que algo dessa magnitude não tem como ser enfrentado por um ente federado de forma isolada. O segundo passo, talvez, seja a gente fazer um pacto pelo Pantanal, além dos governadores, envolvendo também os prefeitos, como a gente já fez com a Amazônia”, disse a ministra Marina Silva no evento.
Na reunião, além dos governadores, estiveram presentes os secretários de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, e de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, além dos secretários de Segurança Pública dos dois Estados, Antonio Carlos Videira (MS) e César Augusto de Camargo Roveri (MT), que também assinaram o termo.
Um grupo de trabalho formado por equipes técnicas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul vai gerir a execução dos tratados. Com a assinatura, o termo de cooperação entre os dois Estados já está em vigor e terá cinco anos de duração.
Queimadas no Pantanal
Em 2020, os incêndios no Pantanal atingiram uma área de 44.998 km², segundo estudo publicado na revista científica Fire, com base em análises em imagens de satélite da missão Sentinel-2. Esse foi considerado o pior ano de queimadas na última década.
Já mais recentemente, os dados da plataforma Monitor do Fogo, do MapBiomas, mostram que o bioma foi atingido, em 2023, em uma área de 1.021,83 km².