Hugo Motta pede pacificação ao falar sobre obstrução à ‘Lei da Anistia’
Por: Cenarium*
08 de abril de 2025
BRASÍLIA (DF) – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu a pacificação nacional para enfrentar a radicalização política no país. Ao falar sobre a obstrução à ‘Lei da Anistia’, ele afirmou que o diálogo com os três poderes é importante para manter a harmonia das instituições brasileiras. As afirmações foram feitas em evento da Associação Comercial de São Paulo, nesta segunda-feira, 7.
O projeto que prevê a anistia – ou o perdão – a pessoas envolvidas na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, ainda não foi incluído na pauta de votação, porque de acordo com Motta ainda não é o momento de avançar com a pauta. Segundo ele, o projeto de lei é uma manifestação válida. Entretanto, para ele, não é se distanciando das instituições que o Brasil vai encontrar a saída para esses problemas.
Motta defendeu responsabilidade para não aumentar a crise institucional. “Não vamos ficar restritos a um só tema, vamos levar essa decisão ao Colégio de Líderes, vamos conversar com o Senado e com os Poderes Judiciário e Executivo, para que uma solução de pacificação possa ser dada. Aumentando uma crise, não vamos resolver esses problemas, não embarcaremos nisso”, afirmou.

O presidente ressaltou que a obstrução regimental do PL é legítima, mas há outras pautas que interessam ao país. “Vamos tratar as pautas dos outros partidos, não podemos ficar uma Casa de uma pauta só”, disse.
Escala 6×1
Hugo Motta também foi questionado sobre a proposta de emenda à Constituição que acaba com a escala de trabalho semanal de 6 dias. Segundo ele, o mérito da proposta é válido, mas é preciso avaliar a viabilidade econômica do tema para o país. Motta afirmou que não dá para fazer um populismo barato com esse assunto e, que muitas vezes, é preciso tomar decisões difíceis.
“Eu não discuto a justiça da proposta. Eu discuto se a proposta é viável para o país ou não. É claro que todo trabalhador sonha com a redução da jornada de trabalho, ganhando a mesma coisa, e ninguém está aqui para dizer que isso está errado”, disse o presidente da Câmara.