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‘Impacto ambiental é tremendo e assustador’, diz Marina Silva sobre seca dos rios no Amazonas
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Reprodução/Agência Brasil)
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03 de outubro de 2023
Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium Amazônia
MANAUS (AM) – A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que a seca histórica vivida no Amazonas tem “impacto ambiental tremendo e assustador”. A declaração aconteceu após reunião entre seis ministros e representantes de outras cinco pastas, que discutiu, na tarde desta terça-feira, 3, em Brasília, ações emergenciais em apoio às famílias afetadas na região.
Marina Silva também ressaltou, ainda, que instituições atuam no combate à mortandade dos botos. Na última semana, 110 animais morreram na região de Tefé (AM), no Médio Solimões, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que atua na investigação das causas.
“O impacto ambiental é algo tremendo, assustador. O Ibama, ICMBio e instituições de pesquisa estão trabalhando na região. Estamos fazendo ação emergencial em relação aos botos que estão sendo ferozmente atingidos, não só pela mortandade em função da estiagem, mas também porque alguns rios ficam com quantidade de água muito baixa e estão sendo feridos pelas embarcações que continuam passando em alguns trechos”, afirmou a ministra.
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A comitiva federal desembarca em Manaus na manhã de quarta-feira, 4, liderada pelo vice-presidente do País e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Seis ministros também devem integrar a viagem, entre eles, os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; da Defesa, José Múcio; e de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
De acordo com Alckmin, a visita ao Amazonas foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não pode viajar até o Estado por estar em recuperação após passar por uma cirurgia no quadril no último fim de semana.
“A questão mais emergencial é água, alimento e combustível. Então, os municípios estão encaminhando ao Ministério de Integração Nacional os planos de trabalho. Não faltarão recursos para atender a população”, disse o vice-presidente.
Municípios afetados
Segundo levantamento da Defesa Civil do Amazonas, até o início da tarde desta terça, dos 62 municípios do Estado, 24 estão em situação de emergência; 34 em alerta; duas em atenção; e duas em normalidade. A estiagem no Estado já afeta 200 mil pessoas e 50 mil famílias.
O Governo do Amazonas e o governo federal anunciaram, no último dia 26, uma força-tarefa para levar ajuda humanitária aos municípios afetados pela seca, a fim de evitar o desabastecimento de água e comida de cerca de 500 mil pessoas.
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