Incêndio atinge Secretaria de Finanças de Eirunepé após operação da PF no AM


03 de março de 2023
Incêndio atingiu prédio da secretaria de finanças, em Eirunepé (Reprodução)
Incêndio atingiu prédio da secretaria de finanças, em Eirunepé (Reprodução)

Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – Um dia após a “Operação Cama de Gato”, da Polícia Federal (PF), ser deflagrada em Eirunepé, município a 1.159 quilômetros de Manaus, um incêndio atingiu o prédio da Secretaria de Finanças Municipal da cidade, na manhã desta sexta-feira, 3. A investigação apura esquema de desvio de recursos públicos realizado por meio da contratação de empresas fictícias ou de fachada, constituídas com o único objetivo de desviar verbas federais.

Imagens enviadas por moradores à reportagem mostram a entrada do prédio queimada por conta do incêndio. Na calçada do local, materiais de escritório, também queimados, estão empilhados. É possível notar a presença de papéis, equipamentos eletrônicos e ripas de móveis entre os entulhos.

Veja as imagens abaixo:

A reportagem tentou entrar em contato com a Prefeitura Municipal de Eirunepé, via assessoria de imprensa, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.

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Operação Cama de Gato

Agentes da PF cumpriram, nessa quinta-feira, 2, 21 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas, em Manaus, capital do Amazonas, e no município localizado no interior do Estado. Entre os investigados estão agentes políticos, servidores públicos, familiares e terceiros. O prefeito da cidade, Raylan Barroso (União Brasil), foi um dos alvos.

A investigação da Polícia Federal do Acre iniciou em abril de 2021, apontando que os desvios ocorreram durante e após o período da pandemia de Covid-19. O grupo praticou crimes de fraude à licitação, desvio de recursos, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, as contratações das empresas eram, em sua grande maioria, realizadas por meio de dispensa de licitação. Em apenas um dos contratos, a Prefeitura de Eirunepé pagou por R$ 150 mil máscaras de proteção, mais do que o dobro do valor cobrado em todo o Estado do Amazonas. Além disso, o quantitativo adquirido equivale a cinco vezes o contingente populacional da cidade.

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