Incêndio atinge Secretaria de Finanças de Eirunepé após operação da PF no AM

Incêndio atingiu prédio da secretaria de finanças, em Eirunepé (Reprodução)
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – Um dia após a “Operação Cama de Gato”, da Polícia Federal (PF), ser deflagrada em Eirunepé, município a 1.159 quilômetros de Manaus, um incêndio atingiu o prédio da Secretaria de Finanças Municipal da cidade, na manhã desta sexta-feira, 3. A investigação apura esquema de desvio de recursos públicos realizado por meio da contratação de empresas fictícias ou de fachada, constituídas com o único objetivo de desviar verbas federais.

Imagens enviadas por moradores à reportagem mostram a entrada do prédio queimada por conta do incêndio. Na calçada do local, materiais de escritório, também queimados, estão empilhados. É possível notar a presença de papéis, equipamentos eletrônicos e ripas de móveis entre os entulhos.

Veja as imagens abaixo:

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A reportagem tentou entrar em contato com a Prefeitura Municipal de Eirunepé, via assessoria de imprensa, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.

Leia mais: No Amazonas, prefeito ligado ao senador Eduardo Braga é alvo da Polícia Federal

Operação Cama de Gato

Agentes da PF cumpriram, nessa quinta-feira, 2, 21 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas, em Manaus, capital do Amazonas, e no município localizado no interior do Estado. Entre os investigados estão agentes políticos, servidores públicos, familiares e terceiros. O prefeito da cidade, Raylan Barroso (União Brasil), foi um dos alvos.

A investigação da Polícia Federal do Acre iniciou em abril de 2021, apontando que os desvios ocorreram durante e após o período da pandemia de Covid-19. O grupo praticou crimes de fraude à licitação, desvio de recursos, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, as contratações das empresas eram, em sua grande maioria, realizadas por meio de dispensa de licitação. Em apenas um dos contratos, a Prefeitura de Eirunepé pagou por R$ 150 mil máscaras de proteção, mais do que o dobro do valor cobrado em todo o Estado do Amazonas. Além disso, o quantitativo adquirido equivale a cinco vezes o contingente populacional da cidade.

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