Incêndio em shopping popular destrói lojas de 600 comerciantes em Cuiabá
15 de julho de 2024
Davi Vittorazzi — Da Cenarium
CUIABÁ (MT) — Um incêndio de grandes proporções destruiu o Shopping Popular de Cuiabá (MT) na madrugada desta segunda-feira, 15. De acordo com o presidente da Associação dos Camelôs, Misael Oliveira Galvão, 600 lojistas que tinham estabelecimentos no local foram atingidos e perderam suas mercadorias. O prédio foi totalmente destruído pelo fogo.
Sete equipes do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso (CBM/MT) foram mobilizadas durante cerca de dez horas para conter as chamas. O fogo se espalhou por todo o prédio comercial e atingiu 100% da estrutura. Apesar disso, ninguém ficou ferido. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) já está avaliando o ambiente e deve emitir um laudo sobre as causas do incêndio.
Às autoridades, o vigia do local informou que tentou conter as chamas, mas não conseguiu. Em seguida, ele acionou os bombeiros. O shopping abrigava lojas de roupas, além de estabelecimentos de assistência técnica, eletrônicos e até uma praça de alimentação. Até o momento, ainda não há uma estimativa oficial do prejuízo causado pelo incêndio.
Um dos lojistas atingidos pela destruição do prédio foi Rodrigo Mourão, que tinha três lojas no shopping. Ele afirmou que chegou no local ainda pela madrugada após ser informado do incêndio para tentar ajudar apagar as chamas. Segundo Mourão, tudo já tinha sido tomado pelo fogo.
“Agora, é aguardar e procurar outro jeito para trabalhar, porque aqui vai demorar a resolver. Quando cheguei aqui o incêndio já tinha tomado conta, acabado com tudo e não tinha o que fazer. Não é fácil”, lamentou.
Repercussão
Deputados estaduais, federais, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), além de representantes do governo estadual, estiveram no local do incêndio e se solidarizaram com os comerciantes. Misael Oliveira Galvão participou de uma reunião com o governo do Estado e informou que 600 comerciantes que tiveram suas lojas destruídas vão poder recomeçar as vendas em barracas no estacionamento do shopping.
Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, foi estabelecido um acordo em que a associação entregará ao Governo o balanço dos danos causados pelo incêndio e as informações legais e jurídicas dos comerciantes. O objetivo da medida é subsidiar a criação de uma linha de crédito emergencial pela agência estadual de fomento, a Desenvolve-MT.
“Pedimos o levantamento da situação legal dos comerciantes e do espaço, porque a legislação federal coloca limitações a respeito dessa liberação de crédito. Então, precisamos das informações para que a gente possa dimensionar o que a lei nos permite ajudar e, assim, trabalhar para criar as condições para que a gente possa ajudar a todas as famílias afetadas“, disse Garcia.
O presidente da associação afirmou que ficou definido um capital de giro de cerca de R$ 120 mil que será fornecido para cada associado. Os detalhes sobre valores e exigências ainda serão discutidos entre representantes do shopping e governo do estadual.
Conforme a prefeitura, a Secretaria de Ordem Pública irá auxiliar no processo de legalização das empresas e fornecer a documentação necessária para viabilizar as possibilidades de crédito, além de garantir a segurança do local.