Indígenas ameaçados por secretário de Bolsonaro não têm apoio da Funai


16 de julho de 2020
Indígenas ameaçados por secretário de Bolsonaro não têm apoio da Funai
Vários projetos tramitam no Congresso Nacional e preocupam povos indígenas (Reprodução/ Internet).

Luís Henrique Oliveira – Da Revista Cenarium*

MANAUS – A Fundação Nacional do Índio (Funai) não cuida da segurança aos indígenas ameaçados na última segunda-feira, 3, pelo secretário especial de Saúde Indígena do governo Bolsonaro, Robson Santos da Silva. O secretário ameaçou processar lideranças indígenas que denunciaram ao Ministério Público a distribuição de cloroquina em aldeias para o combate à Covid-19.

“A Funai não cuida diretamente da saúde indígena, mas sim a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai/Ministério da Saúde), que possui a competência institucional de coordenar e executar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e todo o processo de gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) no Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse a pasta em nota à REVISTA CENARIUM.

Conforme publicação na revista Época na edição do último dia 13, em reunião com a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas, o secretário de Bolsonaro afirmou que vai identificar os CPFs dos indígenas que fizeram as denúncias.

Robson alegou ter sido alvo de 120 denúncias do tipo e afirmou que o alto volume de processos o tem impedido de ir a territórios afetados pelo coronavírus.

“Uma das acusações que mais me entristece é a ida à ação do Yanomami, onde se diz que se prescreveu cloroquina para indígena, o que não aconteceu. O de se diz uma série de ações, onde você vê interesses pessoais de denunciantes que estão magoados porque o coordenador do distrito pediu demissão, e havia ali uma ligação bastante forte e isso magoou o coração de algumas pessoas que passam a denunciar de forma vazia e criminosa, porque também vou querer ser ouvido nisso que está sendo feito. Bastante confusão, algumas acusações bastante graves e que precisam ser apuradas, estou aqui pra falar com o MP mas também vamos entrar com uma ação contra o denunciante porque não é possível falar tanta bobagem e sair disso ileso”, disse o secretário.

(*) Com informações da Revista Época

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