Indígenas ameaçados por secretário de Bolsonaro não têm apoio da Funai

Vários projetos tramitam no Congresso Nacional e preocupam povos indígenas (Reprodução/ Internet).

Luís Henrique Oliveira – Da Revista Cenarium*

MANAUS – A Fundação Nacional do Índio (Funai) não cuida da segurança aos indígenas ameaçados na última segunda-feira, 3, pelo secretário especial de Saúde Indígena do governo Bolsonaro, Robson Santos da Silva. O secretário ameaçou processar lideranças indígenas que denunciaram ao Ministério Público a distribuição de cloroquina em aldeias para o combate à Covid-19.

“A Funai não cuida diretamente da saúde indígena, mas sim a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai/Ministério da Saúde), que possui a competência institucional de coordenar e executar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e todo o processo de gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) no Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse a pasta em nota à REVISTA CENARIUM.

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Conforme publicação na revista Época na edição do último dia 13, em reunião com a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas, o secretário de Bolsonaro afirmou que vai identificar os CPFs dos indígenas que fizeram as denúncias.

Robson alegou ter sido alvo de 120 denúncias do tipo e afirmou que o alto volume de processos o tem impedido de ir a territórios afetados pelo coronavírus.

“Uma das acusações que mais me entristece é a ida à ação do Yanomami, onde se diz que se prescreveu cloroquina para indígena, o que não aconteceu. O de se diz uma série de ações, onde você vê interesses pessoais de denunciantes que estão magoados porque o coordenador do distrito pediu demissão, e havia ali uma ligação bastante forte e isso magoou o coração de algumas pessoas que passam a denunciar de forma vazia e criminosa, porque também vou querer ser ouvido nisso que está sendo feito. Bastante confusão, algumas acusações bastante graves e que precisam ser apuradas, estou aqui pra falar com o MP mas também vamos entrar com uma ação contra o denunciante porque não é possível falar tanta bobagem e sair disso ileso”, disse o secretário.

(*) Com informações da Revista Época

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