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Indígenas da Pan-Amazônia realizam Assembleia dos Povos em Belém
Marciely Ayap Tupari é do povo Tupari, de Rondônia, conhecidos como Guerreiros da Noite (Michael Dantas/Reprodução/Instagram @ayaptupari)
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03 de agosto de 2023
Daleth Oliveira – Da Revista Cenarium Amazônia
BELÉM (PA) – Políticas de proteção para os povos isolados, exploração de minério e petróleo em terras indígenas e a necessidade de garantir a demarcação dos territórios são alguns dos temas principais a serem debatidos durante a Assembleia dos Povos da Terra Pela Amazônia, que inicia na sexta-feira, 4, em Belém (PA). Confirmada na programação, Marciely Ayap Tupari, coordenadora-secretária da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), conta que o objetivo do evento é incidir na 4ª Reunião de Presidentes dos Estados signatários da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), a Cúpula da Amazônia, nos dias 8 e 9 de agosto.
“Nossa principal meta é que nós, enquanto povos indígenas, estamos na linha de frente e possamos contribuir para proteger não só a floresta, mas enfrentar a crise climática. Queremos garantir uma participação efetiva dos povos indígenas nas discussões dos presidentes reunidos na Cúpula, com a construção e entrega de um documento sobre o que queremos. Então, essa assembleia representa a união de todos os povos para tomadas de decisões”, conta Marciely. Ela é do povo Tupari, de Rondônia, conhecido como Guerreiros da Noite.
O encontro será na Aldeia Amazônica, no bairro da Pedreira, e receberá cerca de 1.500 indígenas do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru e Suriname. A programação se dá simultaneamente ao Diálogos Amazônicos, uma série de atividades e discussões organizadas pelo governo federal e por entidades da sociedade civil. Os documentos produzidos durante o Diálogos Amazônicos serão apresentados aos chefes de Estado que estarão presentes na Cúpula da Amazônia.
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O que os indígenas querem com a Cúpula?
Questionada sobre qual o resultado esperado após os eventos, principalmente, da Cúpula, Marcely afirma que deseja que os anseios dos povos tradicionais sejam contemplados pelos líderes da Pan-Amazônia.
“Esperamos que, durante a Cúpula, os presidentes da região tenham consciência e levem em consideração o nosso posicionamento enquanto povos indígenas. Pois nós estamos na linha de frente sobre tudo que envolve o meio ambiente, porque a gente é quem cuida do território. Nós cuidamos da floresta, da vida. Então, eles precisam levar em consideração que não se pode planejar um futuro para a Amazôniasem nós, povos indígenas. Não podem fazer isso sem garantir não só os nossos territórios, mas também os nossos direitos sobre eles”, diz a coordenadora da Coiab.
A Cúpula da Amazônia reunirá chefes de Estado e líderes políticos da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela para construir uma posição conjunta que será apresentada na Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP28, que acontece no fim de novembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Para a programação completa da Assembleia dos Povos da Terra pela Amazônia clique aqui.
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