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Infarto e derrame cerebral: saiba os possíveis efeitos do calor intenso no organismo
Idoso exposto à alta temperatura. (Divulgação/Casa de Saúde Boa Vista)
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18 de novembro de 2023
João Felipe Serrão – Da Revista Cenarium Amazônia
MANAUS (AM) – As últimas semanas têm sido marcadas por altas temperaturas e ondas de calor que afetam cada vez mais a saúde das pessoas, podendo causar infarto e até derrame cerebral. Vários Estados brasileiros registraram recordes históricos de temperatura, como o Rio de Janeiro, que atingiu 41,9 ºC neste sábado, 18, e onde a estudante Ana Clara Benevides, 18 anos, morreu de parada cardiorrespiratória após o show da cantora americana Taylor Swift.
Com a influência de fenômenos globais, como o El Niño, especialistas alertam para as consequências no organismo humano com a exposição ao calor intenso. O corpo tem um mecanismo de regulação para manter sua temperatura média, que é 36,5 graus. Quando a temperatura aumenta, o corpo busca meios para se resfriar, como a transpiração, que leva a perda de líquidos.
Mulher bebe água para amenizar calor. (Freepik/Divulgação / Boa Forma)
De acordo com o infectologista Nelson Barbosa, um dos principais impactos das altas temperaturas é a desidratação. “A desidratação torna o sangue mais viscoso e pode causar infarto, derrame cerebral, embolia pulmonar e vários outros problemas, já que o sangue viscoso tem maior dificuldade de circular nos vasos”, explicou o médico. Tal quadro leva também a episódios de estresse, confusão mental, sonolência e desmaio.
O especialista também alerta para o impacto do calor em grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. De acordo com ele, crianças têm o corpo formado, em média, por 80% de água, que é perdida devido à transpiração. Já os idosos têm carência de água, que pode se agravar com a exposição ao calor. “Os efeitos da desidratação nessas pessoas são muito mais graves, devido à fragilidade do organismo”, destacou Nelson.
Um comunicado emitido pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), no dia 8 de novembro, informou que o fenômeno El Niño deve durar até pelo menos abril de 2024, impactando as mudanças climáticas e contribuindo para o aumento do calor. Os meteorologistas afirmam que o ano de 2024 pode ser ainda mais quente.
Insolação
Outro risco associado ao calor é a insolação, que ocorre devido ao excesso de exposição ao sol. Nesse quadro, a temperatura corporal ultrapassa os 40 graus, o mecanismo de transpiração não reage e o organismo não consegue se resfriar. Entre os sintomas da insolação, estão: dor de cabeça, pele quente e seca (sem suor), confusão mental, náuseas e pulso rápido.
Homem joga água na cabeça em busca de se refrescar do calor (Reprodução)
Essa condição é considerada grave e caso não seja tratada de maneira imediata, pode causar danos ao cérebro, coração, rins e músculos, podendo levar até à morte.
Dicas para reduzir impactos das altas temperaturas:
Hidratação: repor os líquidos perdidos durante a transpiração é fundamental para manter o organismo funcionando. Médicos recomendam ao menos dois litros por dia, bebendo água regularmente.
Alimentos: não é recomendado o consumo de bebidas com alto teor de açúcar. É essencial optar por refeições leves, pouco condimentadas e frias.
Protetor solar: o uso do protetor solar é imprescindível para prevenir queimaduras solares e manter a saúde da pele. O uso frequente do protetor ajuda a cuidar da pele de danos causados pelos raios UV, como rugas, manchas escuras e risco de câncer de pele.
Roupas: é recomendado o uso de roupas mais leves, claras e soltas, para facilitar a ventilação e reduzir o acúmulo de calor corporal. O uso de óculos e bonés também ajudam.
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